21 de janeiro de 2025
RELATOS DE UM GATO VIAJANTE

 



Relatos de um gato viajante é o primeiro livro da autora Hiro Arikawa publicado aqui no Brasil e a escolha não poderia ter sido melhor! 


        Narrado em grande parte pelo gato Nana, acompanhamos sua trajetória de vida passando de gato de rua abandonado, para gato resgatado e muito amado pelo super carismático Satoru Miyawaki. Juntos por cinco anos, de repente, ambos vão desbravar o Japão em busca de um novo tutor para Nana, pois por um motivo que só é revelado no final, Satoru não poderá mais cuidar dele. 

        O motivo da road trip de Satoru e Nana não é nenhuma novidade, mas a escrita de Hiro Arikawa nos envolve de uma forma muito querida. Ao longo da narrativa, a cada parada que fazem na casa de um antigo amigo de infância de Satoru, ela nos conta um pouco do passado do rapaz que mesmo tendo perdido os pais de forma trágica muito cedo e não tendo podido ficar com seu primeiro gatinho por causa do trabalho da tia que viajava muito, ele se torna uma daquelas pessoas que iluminam os lugares por onde passam, sempre tendo uma palavra amiga, sempre ajudando os outros, sempre fazendo o seu melhor para aqueles que o merecem. 

        Apesar de não ter tido uma juventude tranquila, Satoru não vê isso como um problema, afinal, foi por causa das várias mudanças com a tia que ele fez tantos amigos em vários pontos do Japão e nós também vamos conhecer as histórias deles e percebemos como Satoru ainda consegue tornar as vidas deles mais felizes de alguma forma, assim como fez com Nana. 

        Relatos de um gato viajante é um livro que vai agradar tanto gateiros quanto quem não gosta muito de felinos, isso porque o foco aqui está nas relações de amizade e do poder que elas têm de tornar momentos difíceis um pouco mais fáceis de serem suportados. É uma história linda e mais uma para lista de livros que me fizeram chorar. 

16 de janeiro de 2025
Esperando Godot - Samuel Beckett


Olá, pessoal! Samu aqui!


A decisão de ler Esperando Godot, de Samuel Beckett (1906-1989), ocorreu por conta da Maratona Literária de Inverno 2020 (#MLI2020), sugerida pelo canal Geek Freak. Acontece que um dos desafios da maratona era ler algum autor cujo nome fosse igual ao meu, e assim eu descobri Beckett! Confesso que já tinha ouvido falar nesse dramaturgo, mas nunca me interessei a ler as peças dele. Sabe quando você lê os títulos e cria um preconceito, porque parece que vai ser chato? Então, né…



Mas, olha, no fim eu me surpreendi muito positivamente. Para começar, o Samuel Beckett foi um ariano que escrevia textos bastante porra doida excêntricos. Junto com outros autores, como Eugene Ionesco (1909-1994) e Harold Pinter (1930-2008), o Beckett é tido hoje como um dos representantes do Teatro do Absurdo, um movimento dramatúrgico bem autoexplicativo, certo? Em suas peças, Beckett compunha cenas inusitadas com situações das mais descabidas e até meio perturbadoras. Sendo assim, a peça que me propus a ler também segue nesses termos.


Esperando Godot nos apresenta dois personagens, o Vladimir e o Estragon. Ambos estão esperando um terceiro, chamado Godot. A princípio nós, espectadores/leitores, criamos a expectativa de descobrir quem seria esse tal Godot, uma vez que Vladimir o exalta como se fosse Godot um grande homem que lhes houvesse prometido algo importante. Contudo, o tempo passa e ambos continuam a esperar (assim como já tinham feito no dia anterior, em que Godot não apareceu). O motivo do encontro também não fica claro, o que contribui para nossa curiosidade.



No decorrer da peça aparecem outros dois personagem, um senhor (Pozzo) e um escravo (Lucky). Particularmente, achei Pozzo um personagem execrável, chato para um *******. Ele passa a peça inteira abusando de Lucky, fazendo-lhe coisas absurdas enquanto Vladimir e Estragon observam e tentam entender a estranha dinâmica dos dois. Um dos pontos altos do primeiro ato é a parte em que Pozzo ordena Lucky a pensar. O resultado é um monólogo totalmente incoerente e desconexo, semelhante aos fluxos de consciência que autores como James Joyce ou Clarice Lispector utilizavam em seus textos.


Não cheguei a fazer pesquisas profundas sobre a obra, estudando-a e tentando compreender todos os mais densos níveis de críticas implícitos a cada cena. Contudo, posso afirmar o seguinte: Esperando Godot é uma peça que ora te provoca profundas gargalhadas, ora te causa aquela sensação de “what?!... whatta fuck?!”.



E ao terminar você fica com aquela sensação de que precisa falar sobre a peça. Daí você arranja pessoas para conversar. E, depois de uma grande discussão, vocês reconhecem a genialidade de Samuel Beckett ao construir tanto significado nas entrelinhas de cenas a primeira vista tão aleatórias. Recomendo muito esta leitura!


14 de janeiro de 2025
AMOR & GELATO

 


            Vamos ser sinceros aqui: há algo de muito romântico e cativante na paisagem italiana, né? O senso comum que me perdoe, mas para mim Toscana e Florença deixam Paris no chinelo em questão de beleza. Já viajei para algum desses lugares? Não. Mas quero muito ver com meus olhos essa Itália deslumbrante, mas, enquanto isso não acontece, tive um gostinho dela com Amor & Gelato, da autora Jenna Evans Welch

        Nesse livro, Jenna Evans Welch já começa a história com uma tragédia: a mãe de nossa protagonista morre por causa de um câncer, mas antes ela faz a jovem prometer que se mudará para Florença e viverá com seu suposto pai ausente lá. Lina jamais teve contato com esse pai ao longo de seus 17 anos de vida, agora, com a mãe morta se vê obrigada a partir para um novo país, belíssimo e com uma culinária incrível, porém, cheio de costumes diferentes e longe de todos os seus amigos. Além disso, ela recebe, ao chegar, o diário que sua mãe escreveu durante todo o período que passou estudando por lá e isso vai mudar ainda mais a vida de Lina e fazê-la questionar toda a sua relação com a falecida mãe. 

        Sinceramente, não sou mais o público-alvo de young adults. Aos 30 anos é bem difícil aceitar algumas várias atitudes da protagonista. A mais louca delas: por que ler o diário em cinco dias? Por que não sentar a bunda no sofá e ler tudo de uma vez ao invés de correr atrás de pessoas pouco confiáveis? Apesar disso, Amor & Gelato se passa em Florença, né, não dá para não gostar pelo menos um pouquinho, afinal, o lugar é o berço da arte renascentista, exala história. Tudo bem que temos a visão norte-americana disso, ou seja, muitos estereótipos, mesmo assim, completei essa leitura e até gostei, principalmente dos trechos do diário da mãe de Lina, por mim, o livro todo seria só dela... 

        Se você está em uma ressaca literária, ou de bobeira nessas férias de verão e quer uma leitura rápida, leve e divertida dê uma chance a Amor & Gelato e depois me conta o que você achou. =D 


7 de janeiro de 2025
Anne de Green Gables


        Eu sou completamente apaixonada pela série Anne with an E e fiquei muito decepcionada com o cancelamento dela. Meus lamentos foram tantos que o Samu comprou os cinco primeiros livros da série escrita pela autora Lucy Maud Montgomery, lançados aqui no Brasil pela querida editora Pedrazul  e é óbvio que eu já devorei todos eles e pretendo comprar os demais cinco ainda esse ano. 

        Anne de Green Gables começa com a decisão dos irmãos reclusos e "solteirões", Mathew e Marilla Cuthbert de "adotar" um menino para ajudá-los nas tarefas de sua fazenda, mas ao chegar na estação para buscar a criança, Mathew encontra uma menina de 11 anos, cabelos ruivos, muitas sardas e uma imaginação esplendida, essa é Anne Shirley, a nossa querida Anne de Green Gables

        O ano é 1876 e a história se passa na paradisíaca Ilha do Príncipe Eduardo, um lugar cheio de natureza, bem cottagecore mesmo, onde Lucy Maud Montgomery escolheu criar a fictícia Avonlea, uma cidade típica de interior: todo mundo se conhece, a grande maioria é avessa a forasteiros e pessoas diferentes, além das personagens arquetípicas como a fofoqueira (Rachel Lindh), os "criadores de caso", como os Pye e, claro, a travessa "cabecinha de vento", Anne. 

        O mais interessante dessa série de livros é que Lucy Maud Montgomery nos propõe acompanhar toda a vida de Anne, da infância até a velhice. Enquanto a série televisiva nos mostrou a vida da jovem até os 16 anos, os livros nos apresentam aos netos dela, e pasmem: as três temporadas de Anne with an E nem chegam ao final de Anne de Green Gables, que termina com o retorno da nossa querida protagonista à casa após completar seu curso de magistério na Queen's Academy

        Por se tratar de uma narrativa escrita no início do século XX e ambientada em 1876, Lucy Maud Montgomery aborda de forma bem amena as consequências das trapalhadas de Anne e em pouco tempo ela se torna querida pela comunidade de Avonlea (salvo pelos Pye, mas ninguém gosta deles também) e motivo de orgulho para todos. É muito divertido acompanhar o crescimento da menina, que chega à Ilha do Príncipe Eduardo esquálida e em farrapos, para depois se tornar um símbolo do que um ambiente saudável e amoroso podem fazer a alguém. 

        Atentar-se à época em que Anne de Green Gables foi escrito e por quem foi escrito é muito importante para compreender a enorme quantidade de "lições de moral" contidas no enredo e a presença tímida de uma semente feminista encontrada nas ações e palavras de Anne e Marilla. Sei que para aqueles desacostumados com a leitura de clássicos do século XIX e começo do XX, e órfãos da série televisiva super conceitual e com diversas pautas sociais importantes sendo abordadas de maneira franca, pode ser estranho ver nossa Anne Shirley em uma versão menos empoderada, contudo, vá em frente e continue a leitura, pois a essência da ruivinha continua lá e, infelizmente, depois de tanto tempo, acredito que Anne with an E não terá mesmo continuação. Outra grande diferença entre as duas obras é que em Anne de Green Gables, Gilbert Blythe é claramente  apaixonado por Anne desde sempre e isso será bem desenvolvido ao longo dos demais volumes. 

        Sobre a edição da Pedrazul, as capas têm artes muito bonitas, o papel é amarelo e as letras de bom tamanho, o que ajuda bastante a vida de nós leitores míopes e astigmatas! Ademais, recebemos muitos marca-páginas junto com a compra, o que amei! 

        A escrita de Lucy Maud Montgomery consegue nos divertir e emocionar na mesma medida. Confesso ter chorado copiosamente durante a leitura do penúltimo capítulo desse livro e toda vez que o momento é mencionado nos demais, as lágrimas já começam a se formar em meus olhos, engraçado como personagens fictícios conseguem suscitar tantos sentimentos na gente! Assim é a nossa ruivinha, que mesmo crescida nunca deixará de ser a querida sonhadora Anne de Green Gables.

        

2 de janeiro de 2025
Simon vs. a Agenda Homo Sapiens - Becky Albertalli



E o livro da vez é Simon vs. a Agenda Homo Sapiens. Eu já tinha visto o filme, mas não recordava da história, apenas que tinha gostado bastante. Por isso (devido a minha memória de ostra), essa leitura acabou sendo como uma história nova em minha mente. Eu gostei. Estaria mentindo se dissesse que achei chato, até porque devorei o livro em apenas três dias. Além do mais, considerando que minha jornada de trabalho me consome nove horas diárias de segunda a sexta, pra mim isso foi uma daquelas leituras relâmpago.


Vou começar pelo plot do livro. A narrativa vai acontecer pelo ponto de vista de Simon Spier, um aborrecente que estuda na Creekwood High School. Ele é um garoto normal, dentro dos padrões estéticos norte-americanos, meio nerdzinho, não tão popular, mas também não se trata de um excluído. Ele tem alguns amigos, como Leah, Nick e Abby (logo mais falamos deles). A vida do Simon é bem normal, a não ser pelo fato de que ele não é heterossexual e ninguém sabe disso.


A história inicia quando nosso protagonista começa a trocar e-mails com um webamigo anônimo que assina como Blue. O contato deles dois ocorre meio que ao acaso, nos comentário de um post no blog de alunos da Creekwood. Com isso, Simon e Blue startam uma webamizade que aos poucos evolui para um algo mais. O problema é que, logo no primeiro capítulo, um colega da escola chamado Martin Addison acaba descobrindo o segredo de Simon ao ler os e-mails trocados com o webamigo Blue.


A partir daí o barato fica louquíssimo na vida de Simon, uma vez que Martin passa a chantageá-lo diariamente. Acontece que Martin está super afim da Abby (uma das amigas do Simon que cheguei a citar mais acima), e ele utiliza o segredo da “não-heterossexualidade” do protagonista para obrigá-lo a ajudar nessa conquista romântica. Acho importante ressaltar aqui que Martin não age exatamente como aquele clássico estereótipo de valentão, mas em vez disso ele é só um babaca meio besta mesmo, por isso num primeiro momento Simon até se sente tranquilo ao ajudar seu chantageador.



Entretanto, como nem tudo na vida são flores, existe um agravante: lembra do Nick, um outro amigo do Simon? Pois é, ele também nutre sentimentos românticos pela Abby, e é aí que a treta fica tensa. Em meio a tudo isso, temos o mistério de tentar descobrir qual é a verdadeira identidade de Blue. Como você já percebeu, Simon vs. a Agenda Homo Sapiens é um livro cheio de embates psicológicos e cenas que desestabilizam as relações entre os personagens.


Um ponto que eu acho complicado é a maneira como a autora Becky Albertalli trabalhou a sexualidade de Simon. Desde as primeiras páginas o garoto se apresenta como gay. Inclusive, isso também é o que leva Simon e Blue a se aproximarem, no início de forma virtual e depois, claro, ao vivo e a cores. Contudo, no decorrer da narrativa com certeza você vai sentir que algo errado não está certo, principalmente se você for LGBT+.



São muitos os momentos em que nosso protagonista se mostra não homo, mas sim bissexual ou até pan: ele já teve uma namorada no passado, ele diz que ficar com meninas é ok, e até em uma determinada cena em que a turma está ensaiando uma peça de teatro Simon sugere que poderia se apaixonar por qualquer dos colegas que estão ali. Sendo assim, a meu ver essa questão acaba por tornar a história meio datada, pois foi escrita e publicada numa época em que assuntos ligados à sexualidade ainda não estavam devidamente consolidados como hoje.


De qualquer forma, isso não torna o livro ruim. Considero uma leitura legal para um dia de preguiça na cama com biscoitos Oreo e café (ou chá, se você não for de beber café). Recomendo a leitura e em breve ainda quero ler o segundo livro deste universo, protagonizado por Leah, a outra amiga de Simon.

31 de dezembro de 2024
A ÚLTIMA FESTA

 UM SUSPENSE PARA "ANIMAR" SEU FINAL DE ANO




        Ah, as festas de final de ano! São momentos ou para se divertir, confraternizar com os amigos e familiares, vestir roupas brancas e desejar a paz mundial, ou para se estressar com familiares escrotos, ter momentos de "climão" por causa de desavenças ideológicas e por que não festejar com amigos que, na verdade, você já não se identifica tanto e talvez, até quisesse que um deles já não existisse mais... 
        É com esse plano de fundo de festas de final de ano que a autora Lucy Foley constrói A última festa. Aqui, acompanhamos um grupo de amigos dos tempos da faculdade que ao longo dos anos criou, na vida adulta, uma tradição de sempre passar o Réveillon juntos e a cada ano um membro do grupo escolhe a viagem e o que farão durante esse recesso, tudo muito legal não é mesmo? No começo a gente até admira essas amizades que perduraram até a vida adulta, mas só no começo mesmo... 
        No ano em que se passa A última festa, a pessoa responsável por organizar a viagem é Emma, namorada de Mark, e a mais nova no grupo.  Ela decide levá-los a uma espécie de hotel-fazenda no meio do nada nas Terras Altas escocesas. Lá, em apenas três dias através dos pensamentos de Emma, Katie e Miranda (membros do grupo); e Heather (funcionária do estabelecimento) veremos como funciona toda a dinâmica abusiva e tóxica entre esses "amigos". Segredos serão revelados e um assassinato ocorre e as perguntas que ficam são: Quem matou? Quem foi a vítima? Qual foi a motivação do assassino? 
        Não sou lá muito fã de livros narrados em primeira pessoa, contudo, quando o assunto é thriller, ai, a coisa muda completamente! Adorei os capítulos intercalados entre esses quatro pontos de vista tão distintos. Lucy Foley em alguns outros capítulos faz uso da terceira pessoa para mostrar o ponto de vista de um segundo funcionário do local, deixando tudo ainda mais intrigante. 

        A escrita de Lucy Foley é prazerosa de ler e a construção das personagens Emma, Katie e Miranda é memorável. A profundidade dada a elas só perde o brilho no final da história, que poderia ter sido melhor executado. Apesar dessa pequena ressalva, A última festa é um thriller maravilhoso e vale muito a pena ser lido. 



PS.: Feliz Ano Novo, pessoas! Tudo de bom para todos nós e que 2025 seja um ano melhor do que foi 2024!

24 de dezembro de 2024
[LISTA] 5 FILMES PARA CURTIR NO NATAL

 


        O Natal tem a sua magia, isso é inegável. As decorações, os aromas, as cores... É tudo tão lindo, tão mágico que até mesmo eu, uma gótica trevosa que ama o Halloween, sou fisgada pelo espírito do Natal todos os anos, mas verdade seja dita, quando criança eu já amava essa festividade mesmo antes de conhecer a outra, por isso, essa época do ano tem um lugar especial no meu coração e nas minhas memórias, porque por mais que eu não tenha boas recordações desse período em minha infância e adolescência, pelo contrário, devido a vários traumas, meus pais não comemoram essa data, logo, nunca tive momentos muito especiais quando criança; Já na vida adulta, quando casamos, o Samu e eu decidimos resgatar essa tradição do Natal em nossas vidas e tem sido assim desde então. Esse ano completamos cinco anos de casados, cinco Natais juntos e percebi fuçando no blog que nunca tinha feito uma postagem sobre os meus filmes de Natal favoritos por aqui, então, vamos lá! 


O EXPRESSO POLAR



        Essa animação é um pouco antiga, lembro que era criança quando aluguei esse DVD pela primeira vez e assisti muitas e muitas vezes, sempre gostei muito dessa história e acho muito incrível esse mote no qual crianças fazem uma viagem em um trem mágico cheio de vagões encantados com várias aventuras, guloseimas natalinas, música e cores. Até hoje esse é um dos meus filmes de Natal favoritos e foi o primeiro que assisti na vida. Nem o Nosferatu, de Joe Hill foi capaz de estragar essa aventura para mim!


BARBIE: O QUEBRA-NOZES 



        Esse é um clássico da saudosa Sessão da Tarde! Como eu amava chegar da escola, almoçar e depois assistir os filmes dessa atração! Sempre ficava animada quando Barbie: O quebra-nozes passava! Isso porque adoro balé, adoro música clássica e sempre fui fã da Barbie, logo, esse filme é um combo de coisas que gosto muito e apesar de só usar preto, eu simplesmente amo as animações da Barbie com suas candy colors! Equilíbrio é tudo haha. Esse filme faz uma boa adaptação do conto original de E.T.A Hoffmann, fazendo uso das músicas criadas por Tchaikovsky e das coreografias do balé clássico homônimo, tudo muito encantador e mágico, vale muito a pena conhecer a aventura de Clara e do Quebra-Nozes contra o tirânico Rei dos Ratos nessa versão. 


O GRINCH



        Outro da leva que assistia na tv aberta, O Grinch é, sem dúvida, uma das comédias de Natal mais incrível que já assisti! Sou muito fã das narrativas de Dr. Seuss, Ovos verdes e Presunto é uma de minhas favoritas também! Mas a história de como o Grinch roubou o Natal é tão linda, divertida e me traz um sentimento de nostalgia e saudosismo tão gostosos que não consigo conter o sorriso e a vontade de revê-la (mais uma vez) enquanto escrevo essas linhas. 


O CONTO DE NATAL DO MICKEY




        Esse aqui é o meu xodó! Lembro de que na minha infância, O Conto de Natal do Mickey passou uma única vez em uma véspera de Natal e depois nunca mais! Passei anos com saudade desse filme e quando tive acesso a um computador com internet a primeira coisa que fiz foi procurar por essa produção, e foi difícil viu! Até hoje, não sei o porquê, mas esse filme é muito difícil de encontrar e ele não está no catálogo do Disney+ também! Aqui temos uma adaptação de Um conto de Natal, de Charles Dickens, só que agora tendo as turma do Mickey como personagens. É lindo! Todo final de ano é um perrengue para encontrá-lo, mas, para mim, vale a pena! 


KLAUS 




        Deixei Klaus por último apenas porque fiz essa lista pela ordem cronológica na qual assisti cada um desses filmes e esse foi o que conheci mais recentemente. Que produção linda! A história de Jasper em si não é bonita, afinal ele é um burguês safado, mas o modo como ele e Klaus mudam as vidas das crianças e de suas famílias é muito fofo e confesso que todas as vezes que assisto à cena da menininha do povo Sami recebendo seu presente, eu choro, mas choro muito, porque esse momento, a alegria genuína dela ao receber exatamente o que queria, sendo que ninguém entendia a língua que ela usava e sempre era desprezada pelas outras crianças, é algo que me comove muito. Essa animação traz uma versão do surgimento do Papai Noel ( no Inglês, Santa Klaus) e é perfeita para assistir em família e se emocionar. 





        Então é isso, não vou chover no molhado falando que gosto muito de O estranho mundo de Jack porque hoje estou numa vibe mais 100% natalina, mas sempre assisto a esse filme também e a Edward Mãos de Tesoura que, para mim, também tem um quê de natalino. E você já foi fisgado pelo espírito do Natal esse ano? Tem outros filmes que não podem faltar nesse feriado para você? Me conta! E um Feliz Natal!  =D