Conheci Azul é a cor mais quente através da apelativa adaptação cinematográfica de 2013. Não gostei do filme porque achei que as meninas foram muito objetificadas, mas queria conhecer a fonte da história. Como eu sou bem marcha lenta e nesse meio tempo fui engolida pela vida adulta, acabei não correndo atrás dessa HQ. No começo do ano passado, porém, meu marido (vulgo Samu) a comprou e pude lê-la, no final do ano, e constatei que a história de Clementine e Emma é muito linda e delicada, e muito, muito triste.
Em Azul é a cor mais quente acompanhamos Clementine, uma adolescente de 16 anos e Emma, uma jovem universitária; a menina não entende os sentimentos que tem pela garota mais velha de vibrantes cabelos azuis e isso a atormenta muito, até porque seus pais são bem conservadores, além disso, Clem é bem tímida e reservada, começa a sair com um garoto e percebe não sentir por ele o que uma garota hétero sente por um cara quando está afim dele, já quando pensa em Emma... É avassalador.
Ao longo dos anos a amizade das duas vai se desenvolvendo, mas além de Clem ter pais homofóbicos e sentir na pele esse preconceito na escola só porque o pessoal sabe de sua amizade com Emma, uma garota abertamente lésbica, ainda tem o fato desta última estar em um relacionamento abusivo (de ambas as partes, que fique claro) com Sabine, há muitos anos. Emma também se apaixonou por Clem desde a primeira vez em que se viram, contudo, ela se sente presa à Sabine por causa de um sentimento equívoco de gratidão e, mesmo já tendo sido traída pela mesma, é difícil terminar essa relação.
Com o tempo, Clem e Emma se acertam, entretanto, isso não vem sem um preço: já falei acima que os pais da protagonista são homofóbicos, né... pois bem, eles não vão aceitar nem um pouco que sua única filha se relacione com outra mulher... e isso vai gerar em Clementine uma tristeza profunda. O preconceito contra a comunidade LGBTQIAP+ torna a vida de Clem muito, muito difícil, e acaba, ao longo dos anos, eclipsando de alguma forma a felicidade que ela sentia por estar com a pessoa que amava, Emma. É desolador ver como a rejeição dos pais machuca a jovem demais, ao ponto de, na vida adulta, ela continuar com essa ferida aberta.
Azul é a cor mais quente, infelizmente, é bem curtinha e pode ser lida em uma tarde, mas não se engane, você vai carregar essa leitura por um bom tempo e vai terminá-la com uma melancolia incomoda, um incômodo genuíno de quem gostaria que essa história de amor não tivesse um ponto final.
Sou doida por essa leitura, a tempos veio postergando! Sua resenha foi um sinal para finalmente ler logo 😅💗
ResponderExcluirLê sim, Jessy! Acho que você vai gostar! =D
ExcluirQue pena a adaptação não ter sido bem feita, mas que bom que o original foi uma boa leitura. Ainda não conferi essa HQ, mas tenho vontade. Bjos!!
ResponderExcluirMoonlight Books
@moonlightbooks
Se puder, leia a hq e passe longe do filme!
ExcluirEu já ouvi falar da adaptação de 2013, mas nunca assisti, acredito que pela forma apelativa que você destacou. Não gosto de produções assim. Não sabia da HQ e achei uma maneira bem melhor de conhecer a história! Dica anotada!
ResponderExcluirAté breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Espero que goste da leitura! =D
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