18 de novembro de 2025
FILHOS DE SANGUE E OSSO

 


    Sempre fui apaixonada pelo gênero fantasia, tanto que os primeiros romances lidos por mim foram Harry Potter e Tristão e Isolda, contudo, fiquei encucada com algo: até então nunca lera um livro desse gênero escrito por um autor ou autora negro ou negra. Ao pesquisar mais encontrei uma lista com alguns títulos bem interessantes e decidi iniciar essas leituras por Filhos de sangue e osso, da autora Tomi Adeyemi
    Algo que já me encantou de cara na escrita de Tomi Adeyemi é o fato de, apesar de trazer uma narração em 1ª pessoa, ela divide o foco narrativo em mais de uma personagem, algo bem fora da curva em se tratando de um young adult.  Filhos de sangue e osso inicia apresentado Zélie, uma jovem divinal residente do Reino de Orisha; Sendo estigmatizada socialmente por suas origens, ela tem muito medo de ser afastada de sua família e transformada em escrava. 
    Os divinais são pessoas negras de cabelos brancos e olhos prateados. Essas características mostram que eles foram abençoados pelos Deuses. Quando completavam 13 anos, os divinais tornavam-se majis e eram enviados a templos específicos dedicados ao Deus que lhe conferiu o dom da cura, ou de controlar fogo, água, ar ou mesmo controlar os mortos. A partir do ponto onde se inicia Filhos de sangue e osso, porém, a magia não existe mais; desapareceu e com isso, o rei de Orisha, Saran, liderou uma grande ofensiva matando todos os majis e transformando seus filhos e filhas em órfãos e escória da sociedade.
    Zélie cresce sem mãe e com muito medo do futuro, mas o destino colocará sob sua proteção, Amari, a filha do rei, que descobriu algo horrível: seu pai foi o responsável por "acabar" com a magia, para fazer isso ele roubou três artefatos mágicos usados para realizar um ritual de ligação com os Deuses, agora, um deles está nas mãos de Amari que, junto a Zélie e o irmão dela, Tzaim, pretende trazer a magia de volta ao reino. 
   Tomi Adeyemi acerta muito nas alegorias criadas em Filhos de sangue e osso. As personagens não são maniqueístas e até o grande vilão possui camadas e seu herdeiro, Inan, também esconde muitos dilemas e segredos. Já vivei fã da escrita dessa autora! E saber que ela teve como uma de suas inspirações o Candomblé baiano é ainda mais incrível! Filhos de sangue e osso foi uma leitura maravilhosa e a recomendo a todos os fãs de fantasia e mitologia. 

11 de novembro de 2025
AS BRUMAS DE AVALON - LIVRO 4

 


    Finalmente, chegou o último post do meu projeto de leitura do Ciclo de Avalon! Depois de muitos e muitos anos venho com a resenha de O Prisioneiro da Árvore, quarto e último volume de As Brumas de Avalon, da controversa Marion Zimmer Bradley

     Em O prisioneiro da Árvore, vemos o desfecho das ações de Viviane, Morgause, Guinevere e Morgana, sendo o filho desta última com seu irmão o grande catalizador de toda do término deste ciclo. Na verdade, as manobras feitas por Viviane acabaram não surtindo o efeito que ela desejava, pois Mordred (filho de Morgana e Arhtur) que deveria ser um druida, a pessoa responsável por "restaurar" a Antiga Religião, se une aos inimigos saxões contra o pai e os ajuda nessa guerra. 

    Diferente do que acontece do filme de As Brumas de Avalon, minha outrora única referência do final dessa história, em O Prisioneiro da Árvore, Morgana não é expulsa de Avalon tornando-se uma freira, muito pelo contrário! Morgana é acolhida lá e se torna o último elo da ilha mística com o nosso mundo. Morgana deixa de ser uma sacerdotisa da Deusa e torna-se uma eremita e, tal como esse arquétipo, é na solitude de Avalon que ela que ela encontra a paz e percebe que, por mais tortos que os caminhos dela tenham sido, ela cumpriu sua missão e a fez bem. 

    Na minha opinião, o final de O Prisioneiro da Árvore é bonito e reflexivo, porém triste, pois Morgana meio que desiste de resistir aos avanços cristãos, ela entrega os pontos e se afasta do nosso mundo, adentrando cada vez mais as brumas que envolvem Avalon. 

6 de novembro de 2025
O Talismã do Poder

 Olá, pessoas! Samu aqui!



E acabou. Esta vai ser a resenha do último livro da trilogia Crônicas do Mundo Emerso, minha mais nova trilogia favorita, diga-se de passagem. Sendo assim, ao criar a conclusão da narrativa, a autora Licia Troisi não nos decepcionou, trazendo um final de peso que mantém o mesmo clima de aventura, ação, muitos conflitos entre personagens e muita emoção a cada capítulo!


Neste terceiro livro, chamado O Talismã do Poder, nossa querida protagonista Nihal inicia uma nova jornada pelas oito terras do Mundo Emerso. Acompanhada por ninguém menos que o mago Senar, a guerreira de cabelos azuis e olhos violeta tem como novo objetivo encontrar os templos secretos dos deuses que estão espalhados, cada um em uma das oito terras. Guiados pela magia de um talismã misterioso, a dupla (ou casal, se você preferir) vai ter de enfrentar inúmeros perigos ao atravessar as terras da Noite, dos Dias, do Fogo, dos Rochedos e do Vento, todas sob o domínio do terrível Tirano (o “vilão supremo” da trilogia).


Além disso, enquanto Nihal e Senar seguem nessa viagem, também temos alguns capítulos voltados para o gnomo Ido, o mestre de Nihal. Na minha opinião, estes capítulos foram essenciais para o equilíbrio da narrativa, já que ficaria meio chato se o livro inteiro mostrasse apenas a aventura dos dois protagonistas. Com isso, aprofundamos mais um pouco o passado de Ido, havendo inclusive um novo vilão para rivalizar nos combates. Gostei especialmente da parte em que Ido se torna professor na Academia dos Cavaleiros de Dragão.


Outro ponto alto da narrativa são os encontros de Nihal com cada guardião dos oito templos. Em cada um deles ela é posta a uma prova diferente que lhe obriga a enfrentar suas dúvidas e inseguranças. São momentos bastante criativos, tendo cada guardião características e personalidade diferentes, e as tarefas que eles impõem a ela fazem com que a jovem aprenda lições importantes para o dia do confronto final com o Tirano. E que final!


O Talismã do Poder fechou as Crônicas do Mundo Emerso de forma magnífica, eu adorei essa leitura. Estou ansioso para, no futuro, iniciar as outras duas séries de livros que a Licia Troisi escreveu sobre esse universo, chamadas Guerras do Mundo Emerso e Lendas do Mundo Emerso (sim, ainda tem muito livro pela frente e eu sei que vou continuar amando).


4 de novembro de 2025
DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO

 



    Em 1853, foi publicado um dos relatos que talvez tenha, juntamente com A cabana de pai Tomás (1852), contribuído para fomentar a Guerra Civil Norte-Americana. Esse texto, escrito por Solomon Northup, retrata como ele foi sequestrado e brutalmente submetido à Doze anos de escravidão.
    Em 2014, na 86ª edição do Oscar, a adaptação de Doze anos de escravidão brilhava com nove indicações à estatueta. Apesar de não assistir a muitos filmes e preferir a leitura, gosto de acompanhar essa premiação e fiquei bastante interessada pela história do longa e do livro. 
    Como sempre,  eu já tinha outras leituras em minha lista e fui protelando a de Doze anos de escravidão, até porque imaginava que seu conteúdo seria chocante e eu estava certa! Solomon Northup era um homem negro nascido no estado "livre" de Nova Iorque; tinha uma vida modesta e digna ao lado de sua esposa e filhos, tocava violino nas horas vagas e era muito querido em sua comunidade, contudo, aos 33 anos, enganado por dois homens com uma falsa proposta de trabalho como músico, Solomon Northup é sequestrado, torturado e obrigado a aceitar o nome de "Platt", assumindo a identidade de um escravizado fugitivo, sendo levado para o estado da Louisiana e lá tendo de sobreviver aos Doze anos de escravidão que lhe serão impostos. 
  Nos primeiros dois anos, Solomon Northup passa por dois "senhores", o primeiro, Ford, era um homem supostamente "gentil" e "bondoso", mas os espancamentos de outrora impedem o protagonista de revelar sua real condição por medo de ser castigado novamente; o segundo, Tibeats, era uma criatura desprezível e chegou a tentar matar nosso narrador-protagonista duas vezes; mas ele descobriu a fundo os horrores da escravidão, em sua forma mais abjeta, na fazenda de Epps, seu terceiro e último "senhor". 
   Sem sombra de dúvidas, Solomon Northup queria mostrar com sua narrativa a veracidade dos acontecimentos, fazendo um verdadeiro alerta às autoridades quanto ao sequestro de pessoas negras do Norte e sua subsequente escravização no Sul. As descrições são sucintas e certeiras. Ele nos mostra de forma clara os horrores aos quais os escravizados eram obrigados a conviver: as incessantes e exaustivas horas de trabalho nas lavouras de algodão ou de cana-de-açúcar, os diversos e mais cruéis abusos físicos, psicológicos e sexuais infligidos repetidamente, tudo isso descrito em um estilo fluido e bem estruturado. 
    Mesmo assim, a leitura de Doze anos de escravidão, como já imaginava, não é nada fácil, pois trata-se de uma obra preenchida pela crueldade humana, nos deixando horrorizados e reflexivos sobre quem nós fomos e quem somos enquanto sociedade. Este é um livro pungente e muito bem escrito que retrata sem rodeios a podridão do sistema escravocrata.




31 de outubro de 2025
NOSFERATU, DE JOE HILL



    O Natal é uma das épocas do ano mais aguardadas pelas crianças. É nesse dia que elas deveriam ganhar presentes, comerem bem, ficarem acordadas até tarde e terem momentos agradáveis com a família. Joe Hill, no entanto, subverte e, na verdade, perverte tudo isso em Nosferatu. Aqui, seria melhor que o natal não existisse...
    O livro começa mostrando-nos o assassino condenado, Charles Manx, esse é o Nosferatu, em coma, em um hospital penitenciário. Ele está lá há mais de dez anos, contudo, existe algo nele que amedronta as enfermeiras, principalmente, aquelas que têm filhos pequenos. .
    A narrativa dá um salto para o passado e vai para o final dos anos 1980 e início dos 90, onde conhecemos Victória McQueen, também conhecida como Pirralha que, ao ganhar de presente dos pais uma bicicleta nova, vê sua vida mudar, ou melhor, desmoronar completamente. 
    Joe Hill, como acontece em A estrada da noite, traz, novamente, o conceito de pessoas singulares cujos "poderes" estão relacionados a caminhos/portais. Vic consegue, ao pedalar sua bicicleta, ir a qualquer lugar e encontrar algo perdido. Seus problemas de verdade começam, quando, na adolescência, após o divórcio caótico dos pais, ela decide pedalar em busca de problemas... Pois ela encontra Charles Manx, o Nosferatu. Pelo título da narrativa, as características do vilão e a forma como Vic encontra uma de suas vítimas, já é possível traçar o modus operandi dele e seus objetivos. Joe Hill traz uma complexidade grande a seus personagens, não sendo nem um pouco maniqueísta em suas descrições. 
    A pirralha tem seu primeiro confronto com o Nosferatu e sai vitoriosa: ele é preso e condenado à prisão perpétua, entretanto, algo quebrou dentro dela e, na vida adulta, casada e com um filho, ela está perdida e desequilibrada. Vic começa a receber telefonemas das crianças raptadas por Manx e levadas para a "Terra do Natal", elas a acusam de tê-lo roubado delas. A jovem perde a cabeça por isso e causa um incêndio em sua casa, é diagnosticada com esquizofrenia e pouco a pouco vai afastando seu marido e filho. 
    Após a morte de sua mãe, porém, Vic decide passar mais tenho com o filho, aluga uma casa de campo para passarem o verão e começa a consertar uma moto. Infelizmente, Manx desperta de seu coma, foge e vai atrás dela em busca de vingança: ele levará o filho dela para a "Terra do Natal". A partir daí, inicia-se a busca frenética de Vic para salvar seu menino e destruir Mnx e seu carro amaldiçoado. 
     Nosferatu está bem longe de ser uma leitura leve ou fluída, Joe Hill começa a narrativa bem e a termina de modo eletrizante, contudo, o "meio" é um pouco arrastado; ademais, a protagonista sofre tanto até metade do livro que a outra metade torna-se bem pessimista, porque a gente sabe que ela vai sofrer ainda mais... 
    Se você gosta do Natal, essa obra não é recomendada para você. O vilão usa dessa festividade e de seus elementos para destruir vidas. É tudo muito pesado e violento. Minha conclusão: Nosferatu é muito bem escrito, mas não pretendo relê-lo nunca mais na minha vida. 






28 de outubro de 2025
O CORVO

 



    Quando eu falo que sou marcha lenta, o povo acha que é história, mas eu sou mesmo e tenho como provar: em 2018 a editora DarkSide lançou O corvo, hq escrita e ilustrada por James O'Barr. Comprei meu exemplar em 2019 e o li no ano passado e vou publicar a resenha por aqui hoje. Hahaha Essa é única risadinha que darei nesse post, porque a história de hoje é pesada e muito triste.
    Acontece que há anos quero ler O corvo, o problema é que eu sempre protelava essa leitura porque sabia que ela me impactaria e me deixaria um pouco arrasada e eu estava certa. A trama desenvolvida por James O'Barr é violenta, trágica e nem um pouco bonita (por causa do tema e porque os traços dele são bem estranhos e muito carregados de nanquim).  
    Caso você não saiba, James O'Barr passou por um trauma muito grande que o fez, para expurgar toda a dor e culpa, iniciar a criação de O corvo: a então namorada dele da época, a qual ele chama de "a garota que era Shelly" sofre um acidente de carro e morre na hora, ela havia saído para resolver um problema de James, logo, ele se sentiu culpado pela morte dela durante muitos anos. Isso é bem tangível em toda a obra, a dor, o sofrimento, a culpa, o sentimento de raiva e revolta. 
    Em O corvo acompanhamos a história de vingança de Eric, um rapaz que vivia com sua noiva em uma das cidades mais perigosas dos Estados Unidos. Uma noite, quando o motor do carro deles para de funcionar, o casal é abordado por uma gangue, são roubados, atiram em Eric a queima roupa e sua noiva, Shelly, é brutalmente violentada e assassinada, é uma cena horrível de se ver. 
    É a partir daí, com a ajuda de uma entidade sobrenatural que assume a forma de um corvo, que Eric irá traçar seu plano de vingança: ele matará todos os envolvidos no assassinato violento de sua amada para só assim poder descansar em paz ao lado dela. E, no meio do caminho, ele também ajudará uma garotinha. 
    A leitura de O corvo até seria rápida, afinal, é uma hq, só que a temática e as cenas violentas te obrigam a parar um pouco, fazer outra coisa, ler algo mais leve e depois voltar. Falei antes sobre o traço esquisito de James O'Barr, mas é notável como ele o suaviza e torna mais equilibrado quando Eric relembra os bons momentos com Shelly, tornando-os belos e oníricos e a realidade ainda mais perturbadora. 
    Gostei de O corvo, pretendo reler essa obra? Jamais. As impressões que ela me deixou serão difíceis de apagar, logo, não pretendo passar por isso de novo. Não estou aqui criticando negativamente o trabalho de James O'Barr, muito pelo contrário! A obra é tão verdadeira e pungente que eu simplesmente não conseguiria acompanhar o sofrimento de Eric e Shelly mais uma vez.

24 de outubro de 2025
O FANTASMA DA ÓPERA



Até esse ano, meu único contato com O Fantasma da Ópera foi através do filme homônimo de 2004. Na época, lembro de ter gostado da adaptação principalmente por causa da atriz Emmy Rossum, a qual eu conhecia pela série Shameless, que eu adorava. Muito tempo passou e acabei comprando a belíssima edição da Editora Pandorga, fiquei muito encantada por ela e resolvi fazer essa leitura, que, infelizmente, não foi tão encantadora quanto seu projeto gráfico… 

Gaston Leroux foi um jornalista e romancista muito famoso em sua época e ele, tal como muitas outras pessoas, ficava intrigado com os diversos acidentes misteriosos ocorridos na opulenta Ópera Garnier e em suas galerias e lagos subterrâneos. Unindo o útil ao agradável, ele publica, então, em 1909, O Fantasma da Ópera, um romance que deve ter sido fascinante, mas não envelheceu nem um pouco bem.

Em O Fantasma da Ópera, acompanhamos, através do próprio Gaston Leroux, como narrador observador, na forma de uma “reportagem”, o misterioso caso do desaparecimento da soprano Christine Daaé e algumas mortes inexplicáveis que ocorreram na mesma noite. 

O narrador começa nos mostrando que os diretores anteriores da ópera se aposentaram e novos assumiram seu lugar, contudo, eles só sabiam sobre a existência de uma figura excêntrica: O Fantasma da Ópera, alguém que domina verdadeiramente o local; todos o temiam e, inclusive, os diretores anteriores lhe pagavam um salário e reservavam-lhe um camarote inclusive para assistir a todas as apresentações, mas por que isso, você se pergunta?  Porque se não o fizessem o “fantasma”, conhecedor de todas as passagens secretas e subterrâneas do teatro, poderia sabotar as produções e causar acidentes fatais… Os novos diretores não acreditam nisso e muitos crimes acabam decorrendo dessa descrença… 

Depois de saber desse cenário, conhecemos nossa protagonista, Christine Daaé, uma jovem bailarina, aspirante a cantora que guarda um grande segredo: ela tem aulas de canto com uma figura misteriosa que ela chama de seu “Anjo da Música”, posteriormente, de forma bem ruim, ela descobre ser este O Fantasma da Ópera que, para piorar, fica completamente obcecado por ela. Além disso, em sua grande estreia como “prima donna”, a jovem reencontra um antigo amigo, o visconde Raoul de Chagny, o qual também é obcecado por ela e muito, muito ciumento e controlador. Enfim, Christine está presa a um triângulo amoroso terrível, até porque essas duas figuras masculinas opressoras vão se digladiar pelo “amor” da moça, ocasionando algumas tragédias. 

Como deixei transparecer desde o começo, não gostei nem um pouco de O Fantasma da Ópera. A narrativa de Leroux é bem enfadonha; Ele traz muitas descrições, para mim, desinteressantes, sobre a arquitetura da Ópera Garnier, sobre os “sentimentos” de Raoul por Christine, e toda a lenga-lenga dos novos diretores que não acreditam no fantasma. Foi muito pedante ler essa obra, gente, sério. A edição da Pandorga é linda, deslumbrante mesmo! As ilustrações, o projeto editorial, tudo é muito bonito, meu problema mesmo foi com a história que não me agradou em nada. O modo como o fantasma e Raoul tratam Christine é horrível. Ela é uma moça super talentosa, desimpedida, que poderia brilhar como cantora, mas é sempre lançada para trás por um dos dois. É ridículo. Tenho muita experiência com a leitura de clássicos e gosto muito da grande maioria daqueles que li, contudo, esse não me agradou em nada e não consigo recomendá-lo a ninguém.