25 de novembro de 2025
[EU ASSISTI] CALIFADO

 


    Após concluir algumas séries muito queridas, não estava encontrando algo que verdadeiramente me chamasse a atenção na Netflix, mas, sigo um canal chamado Sobre vivendo na Turquia, o qual fala muito a respeito de relacionamentos entre ocidentais e médio orientais e os quase sempre péssimos resultados disso; Lá, peguei a dica dessa maravilhosa e aterradora minissérie sueca: Califado

    Hoje em dia devido a quantidade enorme de conflitos no Oriente Médio, é muito comum vermos notícias sobre terrorismo ocorridos nesses lugares e sobre refugiados, contudo, é muito difícil conhecermos os diversos pontos de vista dentro dessas realidades. A minissérie Califado se propõe a fazer isso de um forma bem convincente. 

    Nessa produção sueca, somos apresentados a três mulheres muito diferentes, com três pontos em comum: são cidadãs suecas, muçulmanas e, de alguma forma, estão envolvidas com o Estado Islâmico. São elas: Parven, Fátima e Sulleika. 

    Já no primeiro episódio, conhecemos o drama de Parven, uma jovem mãe presa no Califado da Síria, sob o julgo do Estado Islâmico; desesperada com o fato de seu marido ter-se tornado um assassino e aterrorizada com a perspectiva dele matá-la, ao conseguir um celular, algo punível com a morte para uma mulher, ela liga para uma antiga professora que lhe dá o contato de uma policial. 

     Assim, surge em cena, Fátima, uma agente do serviço especial sueco. Ela enfrenta no momento uma certa falta de credibilidade no trabalho e acredita que, se conseguir retirar as informações certas de Parven, conseguirá deter um ataque terrorista de proporções jamais vistas na Suécia e ser vangloriada no trabalho. 

    Nesse meio tempo, seguimos os passos de Sulleika, uma adolescente de 15 anos, estudante em uma escola, aparentemente, para imigrantes. Lá, ela e sua melhor amiga, Kerima, fazem amizade com o jovem, inteligente, gentil, brilhante, sensível, galante, enfim, é boy magia que chama ainda, né? Ibrahim Haddad, o que elas não imaginavam é o quão envolvido com o Estado Islâmico ele estava... 

     Califado conta com apenas oito episódios eletrizantes e difíceis de largar. A cada um deles, vemos Parven com a sua vida por tris enquanto tenta descobrir informações que ajudem Fátima a tirá-la da Síria viva com sua filhinha. Ficamos revoltados com a total falta de empatia de Fátima que apensas pensa em sua carreira e não mede suas ações, podendo levar Parven, uma vítima, à morte. Também sentimos raiva e frustração ao ver Sulleika, sua irmã mais nova e Kerima serem, dia após dia, mais e mais influenciadas por Ibrahim a odiarem cristãos e qualquer não mulçumano, incluindo seus próprios pais,  e verem as ações do Estado Islâmico como honestas e corretas. 

    Todas essas mulheres correm sério risco de perder a vida e Califado tenta nos mostrar como é tênue a linha que separa a vítima que quer sair desesperadamente de seu cativeiro, com aquelas que decidem ir por vontade própria, após serem manipuladas, como cordeiros para o sacrifício... 

    Outro ponto muito importante é a discussão proposta por Califado acerca da forma como refugiados e imigrantes mulçumanos, em geral, são tratados no Ocidente: sempre com desconfiança, desdém, sem oportunidades de ascender economicamente... Essas injustiças são o escopo necessário para agentes do Estado Islâmico entrarem na vida de jovens fragilizados, sem perspectivas, recrutando-os com falsas promessas para mais do que a morte certa, seja no meio do fogo cruzado, seja dentro de casa submetendo-se a um marido abusivo. 

    Sem dúvidas, Califado é uma aposta muito acertada da Netflix, esse thriller eletrizante é difícil de largar até saber o destino de suas protagonistas. Se você se interessa pelo assunto, ou por esse gênero, não deixe de maratonar essa série, você não vai se arrepender. 

20 de novembro de 2025
O Ancião que Saiu pela Janela e Desapareceu

 Olá, pessoal! Samu aqui!





Hoje venho falar sobre O Ancião que Saiu pela Janela e Desapareceu, do autor Jonas Jonasson. Esse livro se tornou meu favorito de todas as leituras desse ano, pois a narrativa me cativou desde o início. Já aconteceu de você se apaixonar por um livro logo nos primeiros capítulos? Pois comigo foi bem assim e vou comentar aqui o porquê.


Para começar, Jonas Jonasson criou um protagonista extremamente carismático: um exemplar de ser humano muito peculiar chamado Allan Karlsson. Sendo assim, esse livro conta toda a história de vida desse personagem, desde sua infância até a idade adulta e velhice. A primeira peculiaridade de Allan está no fato de ele completar 100 anos de idade logo no início da narrativa, contudo, ele não quer participar da comemoração e, portanto, decide fugir da casa de repouso onde mora (por sinal, Allan foge pulando a janela).


Essa fuga inusitada desencadeará na vida do nosso protagonista centenário uma série de situações das mais tresloucadas: ele vai realizar um roubo mirabolante, se envolver com pessoas de caráter duvidoso, fazer uma road trip por toda a Suécia fugindo da polícia e ainda causar umas explosões. Sério, as enrascadas que esse simpático velhinho se mete são tão absurdas que chegam até a envolver um elefante de circo.


Além disso, os capítulos dessa história intercalam duas linhas temporais, alternando entre o presente e o passado do Allan. Deste modo, aos poucos nós vamos descobrindo fatos incríveis sobre a vida do nosso protagonista. Digamos que ele teve uma vida bastante peculiar, talvez ele fosse a pessoa certa no lugar certo (ou errado, dependendo do ponto de vista). O fato é que Allan aprendeu desde criança a arte de criar explosivos e, levando em consideração a época em que isso aconteceu (período das Guerras Mundiais, Guerra Civil Espanhola, Guerra Fria e etc), esse conhecimento rendeu a ele posições de destaque em diversos momentos de sua história.


No decorrer da vida, Allan Karlsson vai conhecer pessoalmente diversas personalidades históricas, tais como o general Franco, o presidente Truman, Mao Tsé Tung, Stalin, Kim Il-sung entre vários outros. Também vai participar de diversos eventos históricos do século XX, ajudando (ou não) os acontecimentos destes. Além do mais, a forma como o autor Jonas Jonasson descreve todos esses eventos, a forma inusitada como a trama é desenvolvida, arranca muitas risadas do leitor. O tom sarcástico e cômico desse livro até hoje só encontrei em O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Sendo assim, recomendo muito a leitura de O Ancião que Saiu pela Janela e Desapareceu, principalmente se você gostar de história mundial e de narrativas policiais com leves pitadas de nonsense (talvez não tão leves assim).


18 de novembro de 2025
FILHOS DE SANGUE E OSSO

 


    Sempre fui apaixonada pelo gênero fantasia, tanto que os primeiros romances lidos por mim foram Harry Potter e Tristão e Isolda, contudo, fiquei encucada com algo: até então nunca lera um livro desse gênero escrito por um autor ou autora negro ou negra. Ao pesquisar mais encontrei uma lista com alguns títulos bem interessantes e decidi iniciar essas leituras por Filhos de sangue e osso, da autora Tomi Adeyemi
    Algo que já me encantou de cara na escrita de Tomi Adeyemi é o fato de, apesar de trazer uma narração em 1ª pessoa, ela divide o foco narrativo em mais de uma personagem, algo bem fora da curva em se tratando de um young adult.  Filhos de sangue e osso inicia apresentado Zélie, uma jovem divinal residente do Reino de Orisha; Sendo estigmatizada socialmente por suas origens, ela tem muito medo de ser afastada de sua família e transformada em escrava. 
    Os divinais são pessoas negras de cabelos brancos e olhos prateados. Essas características mostram que eles foram abençoados pelos Deuses. Quando completavam 13 anos, os divinais tornavam-se majis e eram enviados a templos específicos dedicados ao Deus que lhe conferiu o dom da cura, ou de controlar fogo, água, ar ou mesmo controlar os mortos. A partir do ponto onde se inicia Filhos de sangue e osso, porém, a magia não existe mais; desapareceu e com isso, o rei de Orisha, Saran, liderou uma grande ofensiva matando todos os majis e transformando seus filhos e filhas em órfãos e escória da sociedade.
    Zélie cresce sem mãe e com muito medo do futuro, mas o destino colocará sob sua proteção, Amari, a filha do rei, que descobriu algo horrível: seu pai foi o responsável por "acabar" com a magia, para fazer isso ele roubou três artefatos mágicos usados para realizar um ritual de ligação com os Deuses, agora, um deles está nas mãos de Amari que, junto a Zélie e o irmão dela, Tzaim, pretende trazer a magia de volta ao reino. 
   Tomi Adeyemi acerta muito nas alegorias criadas em Filhos de sangue e osso. As personagens não são maniqueístas e até o grande vilão possui camadas e seu herdeiro, Inan, também esconde muitos dilemas e segredos. Já vivei fã da escrita dessa autora! E saber que ela teve como uma de suas inspirações o Candomblé baiano é ainda mais incrível! Filhos de sangue e osso foi uma leitura maravilhosa e a recomendo a todos os fãs de fantasia e mitologia. 

11 de novembro de 2025
AS BRUMAS DE AVALON - LIVRO 4

 


    Finalmente, chegou o último post do meu projeto de leitura do Ciclo de Avalon! Depois de muitos e muitos anos venho com a resenha de O Prisioneiro da Árvore, quarto e último volume de As Brumas de Avalon, da controversa Marion Zimmer Bradley

     Em O prisioneiro da Árvore, vemos o desfecho das ações de Viviane, Morgause, Guinevere e Morgana, sendo o filho desta última com seu irmão o grande catalizador de toda do término deste ciclo. Na verdade, as manobras feitas por Viviane acabaram não surtindo o efeito que ela desejava, pois Mordred (filho de Morgana e Arhtur) que deveria ser um druida, a pessoa responsável por "restaurar" a Antiga Religião, se une aos inimigos saxões contra o pai e os ajuda nessa guerra. 

    Diferente do que acontece do filme de As Brumas de Avalon, minha outrora única referência do final dessa história, em O Prisioneiro da Árvore, Morgana não é expulsa de Avalon tornando-se uma freira, muito pelo contrário! Morgana é acolhida lá e se torna o último elo da ilha mística com o nosso mundo. Morgana deixa de ser uma sacerdotisa da Deusa e torna-se uma eremita e, tal como esse arquétipo, é na solitude de Avalon que ela que ela encontra a paz e percebe que, por mais tortos que os caminhos dela tenham sido, ela cumpriu sua missão e a fez bem. 

    Na minha opinião, o final de O Prisioneiro da Árvore é bonito e reflexivo, porém triste, pois Morgana meio que desiste de resistir aos avanços cristãos, ela entrega os pontos e se afasta do nosso mundo, adentrando cada vez mais as brumas que envolvem Avalon. 

6 de novembro de 2025
O Talismã do Poder

 Olá, pessoas! Samu aqui!



E acabou. Esta vai ser a resenha do último livro da trilogia Crônicas do Mundo Emerso, minha mais nova trilogia favorita, diga-se de passagem. Sendo assim, ao criar a conclusão da narrativa, a autora Licia Troisi não nos decepcionou, trazendo um final de peso que mantém o mesmo clima de aventura, ação, muitos conflitos entre personagens e muita emoção a cada capítulo!


Neste terceiro livro, chamado O Talismã do Poder, nossa querida protagonista Nihal inicia uma nova jornada pelas oito terras do Mundo Emerso. Acompanhada por ninguém menos que o mago Senar, a guerreira de cabelos azuis e olhos violeta tem como novo objetivo encontrar os templos secretos dos deuses que estão espalhados, cada um em uma das oito terras. Guiados pela magia de um talismã misterioso, a dupla (ou casal, se você preferir) vai ter de enfrentar inúmeros perigos ao atravessar as terras da Noite, dos Dias, do Fogo, dos Rochedos e do Vento, todas sob o domínio do terrível Tirano (o “vilão supremo” da trilogia).


Além disso, enquanto Nihal e Senar seguem nessa viagem, também temos alguns capítulos voltados para o gnomo Ido, o mestre de Nihal. Na minha opinião, estes capítulos foram essenciais para o equilíbrio da narrativa, já que ficaria meio chato se o livro inteiro mostrasse apenas a aventura dos dois protagonistas. Com isso, aprofundamos mais um pouco o passado de Ido, havendo inclusive um novo vilão para rivalizar nos combates. Gostei especialmente da parte em que Ido se torna professor na Academia dos Cavaleiros de Dragão.


Outro ponto alto da narrativa são os encontros de Nihal com cada guardião dos oito templos. Em cada um deles ela é posta a uma prova diferente que lhe obriga a enfrentar suas dúvidas e inseguranças. São momentos bastante criativos, tendo cada guardião características e personalidade diferentes, e as tarefas que eles impõem a ela fazem com que a jovem aprenda lições importantes para o dia do confronto final com o Tirano. E que final!


O Talismã do Poder fechou as Crônicas do Mundo Emerso de forma magnífica, eu adorei essa leitura. Estou ansioso para, no futuro, iniciar as outras duas séries de livros que a Licia Troisi escreveu sobre esse universo, chamadas Guerras do Mundo Emerso e Lendas do Mundo Emerso (sim, ainda tem muito livro pela frente e eu sei que vou continuar amando).


4 de novembro de 2025
DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO

 



    Em 1853, foi publicado um dos relatos que talvez tenha, juntamente com A cabana de pai Tomás (1852), contribuído para fomentar a Guerra Civil Norte-Americana. Esse texto, escrito por Solomon Northup, retrata como ele foi sequestrado e brutalmente submetido à Doze anos de escravidão.
    Em 2014, na 86ª edição do Oscar, a adaptação de Doze anos de escravidão brilhava com nove indicações à estatueta. Apesar de não assistir a muitos filmes e preferir a leitura, gosto de acompanhar essa premiação e fiquei bastante interessada pela história do longa e do livro. 
    Como sempre,  eu já tinha outras leituras em minha lista e fui protelando a de Doze anos de escravidão, até porque imaginava que seu conteúdo seria chocante e eu estava certa! Solomon Northup era um homem negro nascido no estado "livre" de Nova Iorque; tinha uma vida modesta e digna ao lado de sua esposa e filhos, tocava violino nas horas vagas e era muito querido em sua comunidade, contudo, aos 33 anos, enganado por dois homens com uma falsa proposta de trabalho como músico, Solomon Northup é sequestrado, torturado e obrigado a aceitar o nome de "Platt", assumindo a identidade de um escravizado fugitivo, sendo levado para o estado da Louisiana e lá tendo de sobreviver aos Doze anos de escravidão que lhe serão impostos. 
  Nos primeiros dois anos, Solomon Northup passa por dois "senhores", o primeiro, Ford, era um homem supostamente "gentil" e "bondoso", mas os espancamentos de outrora impedem o protagonista de revelar sua real condição por medo de ser castigado novamente; o segundo, Tibeats, era uma criatura desprezível e chegou a tentar matar nosso narrador-protagonista duas vezes; mas ele descobriu a fundo os horrores da escravidão, em sua forma mais abjeta, na fazenda de Epps, seu terceiro e último "senhor". 
   Sem sombra de dúvidas, Solomon Northup queria mostrar com sua narrativa a veracidade dos acontecimentos, fazendo um verdadeiro alerta às autoridades quanto ao sequestro de pessoas negras do Norte e sua subsequente escravização no Sul. As descrições são sucintas e certeiras. Ele nos mostra de forma clara os horrores aos quais os escravizados eram obrigados a conviver: as incessantes e exaustivas horas de trabalho nas lavouras de algodão ou de cana-de-açúcar, os diversos e mais cruéis abusos físicos, psicológicos e sexuais infligidos repetidamente, tudo isso descrito em um estilo fluido e bem estruturado. 
    Mesmo assim, a leitura de Doze anos de escravidão, como já imaginava, não é nada fácil, pois trata-se de uma obra preenchida pela crueldade humana, nos deixando horrorizados e reflexivos sobre quem nós fomos e quem somos enquanto sociedade. Este é um livro pungente e muito bem escrito que retrata sem rodeios a podridão do sistema escravocrata.




31 de outubro de 2025
NOSFERATU, DE JOE HILL



    O Natal é uma das épocas do ano mais aguardadas pelas crianças. É nesse dia que elas deveriam ganhar presentes, comerem bem, ficarem acordadas até tarde e terem momentos agradáveis com a família. Joe Hill, no entanto, subverte e, na verdade, perverte tudo isso em Nosferatu. Aqui, seria melhor que o natal não existisse...
    O livro começa mostrando-nos o assassino condenado, Charles Manx, esse é o Nosferatu, em coma, em um hospital penitenciário. Ele está lá há mais de dez anos, contudo, existe algo nele que amedronta as enfermeiras, principalmente, aquelas que têm filhos pequenos. .
    A narrativa dá um salto para o passado e vai para o final dos anos 1980 e início dos 90, onde conhecemos Victória McQueen, também conhecida como Pirralha que, ao ganhar de presente dos pais uma bicicleta nova, vê sua vida mudar, ou melhor, desmoronar completamente. 
    Joe Hill, como acontece em A estrada da noite, traz, novamente, o conceito de pessoas singulares cujos "poderes" estão relacionados a caminhos/portais. Vic consegue, ao pedalar sua bicicleta, ir a qualquer lugar e encontrar algo perdido. Seus problemas de verdade começam, quando, na adolescência, após o divórcio caótico dos pais, ela decide pedalar em busca de problemas... Pois ela encontra Charles Manx, o Nosferatu. Pelo título da narrativa, as características do vilão e a forma como Vic encontra uma de suas vítimas, já é possível traçar o modus operandi dele e seus objetivos. Joe Hill traz uma complexidade grande a seus personagens, não sendo nem um pouco maniqueísta em suas descrições. 
    A pirralha tem seu primeiro confronto com o Nosferatu e sai vitoriosa: ele é preso e condenado à prisão perpétua, entretanto, algo quebrou dentro dela e, na vida adulta, casada e com um filho, ela está perdida e desequilibrada. Vic começa a receber telefonemas das crianças raptadas por Manx e levadas para a "Terra do Natal", elas a acusam de tê-lo roubado delas. A jovem perde a cabeça por isso e causa um incêndio em sua casa, é diagnosticada com esquizofrenia e pouco a pouco vai afastando seu marido e filho. 
    Após a morte de sua mãe, porém, Vic decide passar mais tenho com o filho, aluga uma casa de campo para passarem o verão e começa a consertar uma moto. Infelizmente, Manx desperta de seu coma, foge e vai atrás dela em busca de vingança: ele levará o filho dela para a "Terra do Natal". A partir daí, inicia-se a busca frenética de Vic para salvar seu menino e destruir Mnx e seu carro amaldiçoado. 
     Nosferatu está bem longe de ser uma leitura leve ou fluída, Joe Hill começa a narrativa bem e a termina de modo eletrizante, contudo, o "meio" é um pouco arrastado; ademais, a protagonista sofre tanto até metade do livro que a outra metade torna-se bem pessimista, porque a gente sabe que ela vai sofrer ainda mais... 
    Se você gosta do Natal, essa obra não é recomendada para você. O vilão usa dessa festividade e de seus elementos para destruir vidas. É tudo muito pesado e violento. Minha conclusão: Nosferatu é muito bem escrito, mas não pretendo relê-lo nunca mais na minha vida.