18 de novembro de 2025
Fantasia /
Literatura Estrangeira /
Young Adults
FILHOS DE SANGUE E OSSO
11 de novembro de 2025
Fantasia /
Literatura Estrangeira /
Marion Zimmer Bradley
AS BRUMAS DE AVALON - LIVRO 4
Finalmente, chegou o último post do meu projeto de leitura do Ciclo de Avalon! Depois de muitos e muitos anos venho com a resenha de O Prisioneiro da Árvore, quarto e último volume de As Brumas de Avalon, da controversa Marion Zimmer Bradley.
Em O prisioneiro da Árvore, vemos o desfecho das ações de Viviane, Morgause, Guinevere e Morgana, sendo o filho desta última com seu irmão o grande catalizador de toda do término deste ciclo. Na verdade, as manobras feitas por Viviane acabaram não surtindo o efeito que ela desejava, pois Mordred (filho de Morgana e Arhtur) que deveria ser um druida, a pessoa responsável por "restaurar" a Antiga Religião, se une aos inimigos saxões contra o pai e os ajuda nessa guerra.
Diferente do que acontece do filme de As Brumas de Avalon, minha outrora única referência do final dessa história, em O Prisioneiro da Árvore, Morgana não é expulsa de Avalon tornando-se uma freira, muito pelo contrário! Morgana é acolhida lá e se torna o último elo da ilha mística com o nosso mundo. Morgana deixa de ser uma sacerdotisa da Deusa e torna-se uma eremita e, tal como esse arquétipo, é na solitude de Avalon que ela que ela encontra a paz e percebe que, por mais tortos que os caminhos dela tenham sido, ela cumpriu sua missão e a fez bem.
Na minha opinião, o final de O Prisioneiro da Árvore é bonito e reflexivo, porém triste, pois Morgana meio que desiste de resistir aos avanços cristãos, ela entrega os pontos e se afasta do nosso mundo, adentrando cada vez mais as brumas que envolvem Avalon.
6 de novembro de 2025
Fantasia /
Infanto-Juvenil /
Literatura Estrangeira
O Talismã do Poder
Olá, pessoas! Samu aqui!
E acabou. Esta vai ser a resenha do último livro da trilogia Crônicas do Mundo Emerso, minha mais nova trilogia favorita, diga-se de passagem. Sendo assim, ao criar a conclusão da narrativa, a autora Licia Troisi não nos decepcionou, trazendo um final de peso que mantém o mesmo clima de aventura, ação, muitos conflitos entre personagens e muita emoção a cada capítulo!
Neste terceiro livro, chamado O Talismã do Poder, nossa querida protagonista Nihal inicia uma nova jornada pelas oito terras do Mundo Emerso. Acompanhada por ninguém menos que o mago Senar, a guerreira de cabelos azuis e olhos violeta tem como novo objetivo encontrar os templos secretos dos deuses que estão espalhados, cada um em uma das oito terras. Guiados pela magia de um talismã misterioso, a dupla (ou casal, se você preferir) vai ter de enfrentar inúmeros perigos ao atravessar as terras da Noite, dos Dias, do Fogo, dos Rochedos e do Vento, todas sob o domínio do terrível Tirano (o “vilão supremo” da trilogia).
Além disso, enquanto Nihal e Senar seguem nessa viagem, também temos alguns capítulos voltados para o gnomo Ido, o mestre de Nihal. Na minha opinião, estes capítulos foram essenciais para o equilíbrio da narrativa, já que ficaria meio chato se o livro inteiro mostrasse apenas a aventura dos dois protagonistas. Com isso, aprofundamos mais um pouco o passado de Ido, havendo inclusive um novo vilão para rivalizar nos combates. Gostei especialmente da parte em que Ido se torna professor na Academia dos Cavaleiros de Dragão.
Outro ponto alto da narrativa são os encontros de Nihal com cada guardião dos oito templos. Em cada um deles ela é posta a uma prova diferente que lhe obriga a enfrentar suas dúvidas e inseguranças. São momentos bastante criativos, tendo cada guardião características e personalidade diferentes, e as tarefas que eles impõem a ela fazem com que a jovem aprenda lições importantes para o dia do confronto final com o Tirano. E que final!
O Talismã do Poder fechou as Crônicas do Mundo Emerso de forma magnífica, eu adorei essa leitura. Estou ansioso para, no futuro, iniciar as outras duas séries de livros que a Licia Troisi escreveu sobre esse universo, chamadas Guerras do Mundo Emerso e Lendas do Mundo Emerso (sim, ainda tem muito livro pela frente e eu sei que vou continuar amando).
4 de novembro de 2025
Literatura Estrangeira
DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO
Em 2014, na 86ª edição do Oscar, a adaptação de Doze anos de escravidão brilhava com nove indicações à estatueta. Apesar de não assistir a muitos filmes e preferir a leitura, gosto de acompanhar essa premiação e fiquei bastante interessada pela história do longa e do livro.
Como sempre, eu já tinha outras leituras em minha lista e fui protelando a de Doze anos de escravidão, até porque imaginava que seu conteúdo seria chocante e eu estava certa! Solomon Northup era um homem negro nascido no estado "livre" de Nova Iorque; tinha uma vida modesta e digna ao lado de sua esposa e filhos, tocava violino nas horas vagas e era muito querido em sua comunidade, contudo, aos 33 anos, enganado por dois homens com uma falsa proposta de trabalho como músico, Solomon Northup é sequestrado, torturado e obrigado a aceitar o nome de "Platt", assumindo a identidade de um escravizado fugitivo, sendo levado para o estado da Louisiana e lá tendo de sobreviver aos Doze anos de escravidão que lhe serão impostos.
Nos primeiros dois anos, Solomon Northup passa por dois "senhores", o primeiro, Ford, era um homem supostamente "gentil" e "bondoso", mas os espancamentos de outrora impedem o protagonista de revelar sua real condição por medo de ser castigado novamente; o segundo, Tibeats, era uma criatura desprezível e chegou a tentar matar nosso narrador-protagonista duas vezes; mas ele descobriu a fundo os horrores da escravidão, em sua forma mais abjeta, na fazenda de Epps, seu terceiro e último "senhor".
Sem sombra de dúvidas, Solomon Northup queria mostrar com sua narrativa a veracidade dos acontecimentos, fazendo um verdadeiro alerta às autoridades quanto ao sequestro de pessoas negras do Norte e sua subsequente escravização no Sul. As descrições são sucintas e certeiras. Ele nos mostra de forma clara os horrores aos quais os escravizados eram obrigados a conviver: as incessantes e exaustivas horas de trabalho nas lavouras de algodão ou de cana-de-açúcar, os diversos e mais cruéis abusos físicos, psicológicos e sexuais infligidos repetidamente, tudo isso descrito em um estilo fluido e bem estruturado.
Mesmo assim, a leitura de Doze anos de escravidão, como já imaginava, não é nada fácil, pois trata-se de uma obra preenchida pela crueldade humana, nos deixando horrorizados e reflexivos sobre quem nós fomos e quem somos enquanto sociedade. Este é um livro pungente e muito bem escrito que retrata sem rodeios a podridão do sistema escravocrata.
31 de outubro de 2025
Literatura Estrangeira /
Livros de horror e terror /
Livros de Suspense
NOSFERATU, DE JOE HILL
28 de outubro de 2025
HQ /
Literatura Estrangeira /
Livros de horror e terror
O CORVO
24 de outubro de 2025
Literatura Estrangeira /
Livros de Suspense
O FANTASMA DA ÓPERA
Até esse ano, meu único contato com O Fantasma da Ópera foi através do filme homônimo de 2004. Na época, lembro de ter gostado da adaptação principalmente por causa da atriz Emmy Rossum, a qual eu conhecia pela série Shameless, que eu adorava. Muito tempo passou e acabei comprando a belíssima edição da Editora Pandorga, fiquei muito encantada por ela e resolvi fazer essa leitura, que, infelizmente, não foi tão encantadora quanto seu projeto gráfico…
Gaston Leroux foi um jornalista e romancista muito famoso em sua época e ele, tal como muitas outras pessoas, ficava intrigado com os diversos acidentes misteriosos ocorridos na opulenta Ópera Garnier e em suas galerias e lagos subterrâneos. Unindo o útil ao agradável, ele publica, então, em 1909, O Fantasma da Ópera, um romance que deve ter sido fascinante, mas não envelheceu nem um pouco bem.
Em O Fantasma da Ópera, acompanhamos, através do próprio Gaston Leroux, como narrador observador, na forma de uma “reportagem”, o misterioso caso do desaparecimento da soprano Christine Daaé e algumas mortes inexplicáveis que ocorreram na mesma noite.
O narrador começa nos mostrando que os diretores anteriores da ópera se aposentaram e novos assumiram seu lugar, contudo, eles só sabiam sobre a existência de uma figura excêntrica: O Fantasma da Ópera, alguém que domina verdadeiramente o local; todos o temiam e, inclusive, os diretores anteriores lhe pagavam um salário e reservavam-lhe um camarote inclusive para assistir a todas as apresentações, mas por que isso, você se pergunta? Porque se não o fizessem o “fantasma”, conhecedor de todas as passagens secretas e subterrâneas do teatro, poderia sabotar as produções e causar acidentes fatais… Os novos diretores não acreditam nisso e muitos crimes acabam decorrendo dessa descrença…
Depois de saber desse cenário, conhecemos nossa protagonista, Christine Daaé, uma jovem bailarina, aspirante a cantora que guarda um grande segredo: ela tem aulas de canto com uma figura misteriosa que ela chama de seu “Anjo da Música”, posteriormente, de forma bem ruim, ela descobre ser este O Fantasma da Ópera que, para piorar, fica completamente obcecado por ela. Além disso, em sua grande estreia como “prima donna”, a jovem reencontra um antigo amigo, o visconde Raoul de Chagny, o qual também é obcecado por ela e muito, muito ciumento e controlador. Enfim, Christine está presa a um triângulo amoroso terrível, até porque essas duas figuras masculinas opressoras vão se digladiar pelo “amor” da moça, ocasionando algumas tragédias.
Como deixei transparecer desde o começo, não gostei nem um pouco de O Fantasma da Ópera. A narrativa de Leroux é bem enfadonha; Ele traz muitas descrições, para mim, desinteressantes, sobre a arquitetura da Ópera Garnier, sobre os “sentimentos” de Raoul por Christine, e toda a lenga-lenga dos novos diretores que não acreditam no fantasma. Foi muito pedante ler essa obra, gente, sério. A edição da Pandorga é linda, deslumbrante mesmo! As ilustrações, o projeto editorial, tudo é muito bonito, meu problema mesmo foi com a história que não me agradou em nada. O modo como o fantasma e Raoul tratam Christine é horrível. Ela é uma moça super talentosa, desimpedida, que poderia brilhar como cantora, mas é sempre lançada para trás por um dos dois. É ridículo. Tenho muita experiência com a leitura de clássicos e gosto muito da grande maioria daqueles que li, contudo, esse não me agradou em nada e não consigo recomendá-lo a ninguém.










