17 de junho de 2025
TRISTÃO E ISOLDA

 Lenda medieval celta de amor...



    Desde a infância sempre fui uma leitora ávida, mas, naquela época, final dos anos 90, início dos 2000, ainda não havia e-books, e-readers e eu só lia o que encontrava na biblioteca da escola, ou o que a escola do meu primo solicitava como leitura obrigatória e, depois que ele lia, minha tia me dava. Foi assim que, aos doze anos, li pela primeira vez Tristão e Isolda e detestei. 
    Não sabia nada sobre a narrativa, contudo, aquele era o único livro "inédito" que eu tinha e estava de férias, ou seja, me empenhei muito para gostar de Tristão e Isolda e até achei o enredo interessante, pois já gostava de narrativas ambientadas no período medieval. Infelizmente, a barreira linguística foi muito pesada para a Andréa no início da adolescência e eu não conseguia entender o uso excessivo, ao longo do texto, do que depois eu viria a conhecer como mesóclise. 
    Muito tempo se passou até despertar em mim a vontade de reler Tristão e Isolda e qual não foi a minha surpresa ao constatar que essa narrativa é muito ágil e divertida, minha gente?! Repleta de reviravoltas e planos mirabolantes! Hoje, depois dos 30 e formada em Letras, a mesóclise não foi problema nenhum e me diverti bastante com essa obra. 
    Mas, afinal de contas, qual é a história de Tristão e Isolda? Basicamente, esses dois fazem parte de uma das lendas do Ciclo Arturiano, pois Tristão foi um cavaleiro da Távola Redonda. Ele era o multitalentoso sobrinho do Rei Marcos da Cornualha e um verdadeiro herói: matou um gigante, depois um dragão e quase morreu nessas duas vezes, não fosse os conhecimentos em Alquimia da rainha da Irlanda e de sua filha, Isolda, a loura, esta última considerada a mulher mais bela do mundo, chamou a atenção de Marcos e este enviou o sobrinho para pedir a mão da jovem em seu nome. Contudo, o destino gosta de pregar peças nessas lendas... 
    Sabendo que sua jovem e bela filha teria mesmo de casar-se com um homem bem mais velho, o qual a coitada obviamente não amava, a rainha da Irlanda, exímia alquimista e feiticeira, criou uma poção do amor capaz de fazer com que aqueles que a bebessem juntos se apaixonassem arrebatadoramente por três anos, depois desse tempo, um amor natural floresceria. Lindo. Perfeito. O único problema foi que Brangia, criada de Isolda, deu a bebida a sua senhora e a Tristão! Maldade? Não. Ela apensas foi uma agente do destino, como tantos outros, característica marcante das lendas. 
    A partir daí, Tristão e Isolda viverão uma paixão avassaladora, cheia de perigos, inimigos, intrigas e uma grande traição. Porém, a narrativa não os enxerga como vilões ou pessoas de mau-caráter: eles foram "vítimas" do destino, nada poderia ter sido diferente. O determinismo aqui é tão elevado que, nas primeiras linhas do texto, já sabemos que uma pessoa cujo nome é Tristão e nasceu "matando" a mãe no parto, não poderia ter um destino feliz. 
    Durante a leitura ficamos nessa expectativa, a cada nova aventura, novo combate, pensamos: é agora! E mesmo sabendo que Tristão e Isolda não nasceram para serem "felizes para sempre" torcemos por eles até o derradeiro fim. 
    Por tratar-se de uma lenda que usa e abusa dos elementos do gênero maravilhoso, a suspensão da descrença é necessária em vários trechos da narrativa, pois esta não é, nem pretende ser baseada na realidade. Seu cenário é formado pelas Ilhas Britânicas e isso é todo o realismo que encontramos em Tristão e Isolda. Sabendo disso, se você gosta do gênero fantasia e de histórias com casais "épicos" recomendo fortemente essa leitura.

10 de junho de 2025
[EU ASSISTI] (500) DIAS COM ELA

Não sei se perceberam, pelo post anterior, mas decidi fazer um mês temático sobre o Dia dos Namorados, logo, durante todo o mês de junho, as postagens do blog terão casais como foco.



 

     Um filme que chama a minha atenção há anos é (500) dias com ela, isso porque sua fotografia, trilha sonora e elenco pareciam muito interessantes e envolventes. 


    Antes de mais nada, é preciso entender que esse filme não é uma história de amor. Assim começa (500) dias com ela, produção de 2009 que tem como protagonistas os lindíssimos Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel. Tom (Levitt) é um escritor de cartões de felicitação que, ao conhecer Summer (Deschanel) apaixona-se perdidamente, contudo, a moça não quer nada sério e diz não acreditar no amor. 
    Trazendo uma estrutura temporal não linear, (500) dias com ela nos mostra os altos e baixos dessa relação "casual" entre esses dois. No começo, apesar do aviso recebido, Tom e Summer parecem estar em sintonia, o problema é que isso é apenas uma ilusão projetada por ele, que vê a moça como a "mulher ideal", não conseguindo enxergar a realidade a sua frente e pior, ele não enxerga quem realmente é a Summer, na verdade, ouso dizer: ele nunca quis conhecê-la de fato. 


    Enquanto isso, percebemos o crescente desconforto de Summer com essa situação, afinal, o cara a idealiza demais e mesmo não tendo a versão dela de toda essa história é visível, mesmo através do olhar dele, perceber que os sinais estavam lá. Ela sempre disse não querer um relacionamento sério, ainda assim, Tom estava sempre "forçando a barra" até que chega um momento no qual Summer não aguenta mais e termina; para ele, totalmente sem motivo. Essa negação deixa ainda mais claro o idealismo dele em relação a ela. 


    (500) dias com ela traz cenas hilárias causadas pelo "romantismo" bobo de Tom, mas também nos faz refletir sobre o amor e sobre relacionamentos, mostrando que nada é perfeito e o óbvio precisa ser reforçado sempre: um relacionamento deve ter o envolvimento de todas as partes, se um dos dois diz não querer algo sério, não se iluda. Não posso julgar as ações de Summer, porque o filme inteiro tem apensas a versão de Tom da história, ou seja, não sabemos se as ações e palavras dela foram mesmo como ele nos mostra, logo, parto do pressuposto de que ele forçou a barra, foi um babaca e se lascou por causa disso. Bem feito. 
    Então é isso, gente. (500) dias com ela é um filme no qual você reflete, se diverte e passa raiva, tudo ao mesmo tempo. 

3 de junho de 2025
CAROL,

 ou o preço do sal




        O primeiro contato que tive com a escrita de Patricia Highsmith foi com a coletânea de contos O livro das feras para amantes de animais, há uma década atrás. Lembro-me de ter gostado muito do estilo narrativo da autora, mas Carol, ou o preço do sal foi a obra que me fez realmente querer ler tudo o que ela escreveu. 
        No posfácio da edição, Patricia Highsmith explica como Carol, ou o preço do sal surgiu em sua mente: tal como sua protagonista, Therese, ela também era uma jovem artista (já havia publicado seu primeiro romance) em dificuldades financeiras, por isso aceitou um emprego temporário, durante a época das festividades de final de ano, em uma grande loja de departamentos em Nova Iorque. Lá, ela atende uma senhora muito elegante, inspiração para a personagem Carol, por quem a protagonista de apaixona. 
        A partir desse momento, Patricia Highsmith surpreende a todos trazendo, na década de 1950, um enredo no qual duas mulheres se amam apaixonadamente, enquanto fazem, sozinhas, uma viagem de carro pelos E.U.A na qual além de aprofundarem a relação, terão de fugir de um perseguidor e dos preconceitos de uma sociedade machista e homofóbica. 
      Carol, ou o preço do sal, já no título, traz muito bem o sarcasmo da autora. Não quero dar spoilers sobre o final, só posso garantir que esta é uma narrativa com uma conclusão satisfatória e, por isso mesmo, foi negada por diversos editores. Nunca mais Patricia Highsmith escreveu algo nesse gênero, ela se fixou mesmo no suspense, contudo, sem sombra de dúvidas, você precisa ler Carol, ou o preço do sal e descobrir como essas mulheres abandonam suas vidas insossas e controladas pelo patriarcado para viver uma sua história de amor. 

PS.: não entendo mesmo porque na capa da edição que li eles colocam "o romance que inspirou Lolita de Nabokov", Carol não é uma pedófila nojenta, ela e Therese não têm uma dinâmica tóxica e abusiva, a única semelhança entre as duas obras é a road trip, SOMENTE ISSO.

27 de maio de 2025
O LABIRINTO DO FAUNO

 


        Assisti a O labirinto do fauno na infância e foi uma experiência impactante, mágica e um pouco assustadora, mas ler essa história com o estilo incrível de Cornelia Funke tornou o que já era bom, em algo ainda melhor. 

    Ao final de O labirinto do Fauno, Cornelia Funke nos diz ser fã da obra de Guilhermo Del Toro e que, ao ser convidada por ele para transformar o roteiro cinematográfico em um romance, ficou apreensiva por não saber como reverenciar a obra e dar-lhe algo além de uma mera réplica de roteiro original.

    Para resolver esse dilema, Cornelia Funke assistiu ao filme dezenas de vezes, não lendo o roteiro, a fim de captar e descrever em seu livro a essência das personagens apenas através da interpretação dos atores. Assim, ela trouxe também o passado de Ofélia, sua mãe, Vidal e Mercedes para O labirinto do fauno, além de criar alguns contos de fadas inéditos utilizando elementos simbólicos que apareceram no filme. 

    Revemos a história de Ofélia por meio de uma escrita delicada, típica de Cornelia Funke, seu desespero ao chegar ao moinho e conviver com Vidal, além de suas três provações para retornar ao Reino Subterrâneo, tudo descrito de forma poética e sempre deixando a ambiguidade que os contos de fadas modernos suscitam: seria real a ida de Ofélia ao reino mágico, ou apensas alucinações de uma mente infantil de imaginação fértil e perturbada pela dor e pelo abandono? Sinceramente, eu espero que seja primeira. A mensagem construída em O labirinto do fauno é agridoce, mesmo assim, o destino de Ofélia acaba trazendo um pequeno sopro de esperança que seria triste demais se não fosse real. 

    Outro ponto que deve ser ressaltado é o trabalho belíssimo da edição da editora Intrínseca. O acabamento em capa dura, relevo, as ilustrações ao longo do livro e a paleta de cores conseguem evocar também a aura mágica e ao mesmo tempo sombria de O labirinto do fauno

22 de maio de 2025
O Repouso do Guerreiro, de Christiane Rochefort


Oi, pessoal! Samu aqui!



Eu ganhei esse livro na época que trabalhava como professor. Na verdade, essa edição que eu li faz parte de uma coleção chamada Grandes Sucessos, da Editora Abril. A coleção inteira tem 113 títulos (gigante, né?😐) e eu cheguei a juntar aqui em casa uns vinte e poucos, mas até hoje nunca tinha tomado coragem para lê-los. Enfim, esse ano foi o momento de começar.


Iniciei por esse romance chamado O Repouso do Guerreiro, da autora Christiane Rochefort, que foi publicado pela primeira vez em 1958. A história desse livro foi uma das mais difíceis de engolir até hoje. Ele tem como protagonista uma jovem estudante chamada Geneviève Le Theil, que viaja de Paris para uma cidadezinha do interior a fim de receber uma herança da falecida tia.


Contudo, ao se hospedar em um dos hoteis desse lugar, graças ao infeliz acaso, a mulher acaba se envolvendo em encrenca. E por "encrenca" eu me refiro ao encontro dela com Jean Renauld Sarti, o macho escrotaço com quem ela vai se apaixonar perdidamente. Sim, essa é aquele tipo de história em que a mulher fica louca pelo homem e faz das tripas coração para aguentar as merdas situações humilhantes que ele vai impor a ela.


E, quando falo que são situações humilhantes, estou sendo bastante eufêmico, viu? O negócio é bárbaro. Vai escalando cada vez mais e o leitor tem que ter estômago pra seguir com a leitura.


Sendo assim, a começar, Geneviève conhece o Renauld quando este está tentando cometer suicídio. Sendo assim, ela "salva" ele e, por isso, passa a se sentir responsável pela vida do homem. O problema é que esse macho é um baita aproveitador, portanto ele vê ali a oportunidade de parasitar a menina e sugar até o último centavo da herança milionária dela. Isso leva coisa de um ano para acontecer: ele vai morar com a Geneviève e gasta horrores com bebida e cigarro (sim, o Renauld é um alcoólatra).


Com isso, na medida em que eles vão convivendo, assim como todo homem tóxico, o Renauld começa a testar os limites da Geneviève, fazendo cada vez mais coisas que ela desaprova, tais como roubar dinheiro dela, virar noites nos botecos, ir para cama com outras mulheres. E isso é só o começo. Na medida em que a narrativa avança, situações muito sinistras vão acontecendo, desde violência física e sexual até cafetinagem.


Apesar de tudo, a Geneviève ainda insiste nesse "amor" que ela sente. Ela está com uma ideia fixa de que "o amor vai vencer no final", e por isso segue dando murro em ponta de faca, na esperança de que ela vai "fazer ele mudar". A leitura se torna bem frustrante na segunda metade da história, quando a protagonista rompe de vez com a própria família que não aceitava o relacionamento sádico do "casal".


O Repouso do Guerreiro é um livro pesado. Ele retrata uma realidade que infelizmente acontece, é uma ficção bastante crua e revoltante. Ainda assim, o livro é muito bem escrito, trazendo muitas reflexões sobre relacionamento abusivo e temas relacionados. A recomendação fica por sua conta e risco, mas se decidir ler, vá com psicológico preparado. Além disso, existe uma adaptação pra cinema que eu ainda não vi, mas um dia ainda quero assistir, se encontrar.

20 de maio de 2025
[EU ASSISTI] Z: O COMEÇO DE TUDO

 


        Produzida pela Amazon Studios, Z: o começo de tudo mostra-nos a vida de Zelda Sayre, antes de tornar-se Fitzgerald, e o começo do turbulento casamento com o autor de O grande Gatsby nos dando a conhecer a jovem que ela foi, com todos os sonhos e protagonismo, sem estar à sombra do marido. 
         Os dois primeiros episódios da série (sendo 10 ao todo) focam bastante na jovem Zelda Sayre. Filha de um jurista de Montgomery, Alabama, ela pode se dar ao luxo de uma liberdade que não era bem vista nem concedida facilmente às mulheres do início do século XX. Mesmo o país participando da 1ª Gerra Mundial, ela não deixa de frequentar festas e participar de eventos sociais. Apesar de viver em uma cidade pequena e retrógrada, Zelda aproveita a vida a seu modo. 
        No último ano da guerra, ela conhece o aspirante a escritor, Scott Fitzgerald, que se encanta por ela à primeira vista e Zelda, por sua vez, também fica bem iludida pelas promessas de grandeza do galã. Ainda que esteja apaixonada, ela, contudo, decide que só casará com Scott quando o mesmo tornar-se um autor best-seller. Obviamente isso acontece, eles casam e a partir daí acompanhamos o caos de sua vida boêmia em Nova Iorque. 
        O fato é que Scott já tinha um certo desequilíbrio com o álcool e ao tornar-se famoso e ao mesmo tempo recém-casado, fica muito disputado e é sempre convidado para coquetéis, além de ter em seu círculo de amizade outros artistas famosos pela boêmia. A carreira dele começa a apagar o brilho de Zelda, que se vê obrigada a transformar completamente sua aparência e estilo, tornando-se a primeira melindrosa das Américas; exagerando seu lado festeiro para acompanhar o marido e sua trupe, contudo, ela não tem problemas com a bebida, ele sim... Enquanto festejam, os Fitzgerald esbanjam dinheiro e Scott não escreve uma linha sequer de seu próximo romance, algo que os deixa em uma situação financeira e emocional séria. 
      Z: o começo de tudo é um título bastante apropriado ao conteúdo da série, pois, fica bem claro que Scott Fitzgerald só alcançou o sucesso por usar trechos dos diários de Zelda em seu primeiro romance; ele também impediu que ela seguisse carreira como atriz, ou escritora porque, claramente, tinha medo de que ela se tornasse mais famosa e bem sucedida que ele, logo, a trama está bem longe de ser uma história de amor, e mais perto do retrato de um relacionamento tóxico e abusivo de ambas as partes, tornando-se mais prejudicial à mulher por causa da época e dos preconceitos sociais. 

      Para aqueles que, como eu,  também são fascinados pelos "Loucos anos 20", Z: o começo de tudo é encantadora. Os figurinos são deslumbrantes e a interpretação de Christina Ricci como Zelda é perfeita e magnética! É impossível não ficar impressionada quando ela entra em cena. Infelizmente, a série é de 2017 e não houve uma nova temporada, deixando a trajetória do casal em suspenso, mas, se você já conhece o final real dos dois, pode interpretar esse desfecho aberto como algo positivo e até esperançoso. 




13 de maio de 2025
A DANÇA DA FLORESTA

 


         Juliet Marillier é uma de minhas autoras de fantasia favoritas. Suas histórias sempre evocam a ancestralidade do paganismo celta, algo que me interessa muito. Logo, ao saber do lançamento de A dança da floresta, em uma belíssima edição em capa dura da Editora Wish, não tive dúvidas e adquiri meu exemplar. 
        A dança da floresta, contudo, diferente de todos os demais romances da autora que li anteriormente, não fala sobre mitologia celta; a narrativa se passa na Transilvânia do século XVI, mais especificamente, em um castelo bem afastado de qualquer povoamento, onde nossa protagonista, Jenica, vive com suas irmãs e seu pai, um mercador. Lá, morando bem próximo à floresta, as jovens terão contato com criaturas mágicas e com o Reino das Fadas e em todas as noites de lua cheia, as jovens visitam esse lugar místico para dançarem por toda a noite e, no dia seguinte, retornam as suas obrigações cotidianas. 
        É claro que, como em qualquer livro de Juliet Marillier, há aqui uma disputa entre o feminino e o masculino abusivo, ao passo que o masculino complementar existe nas sombras e precisa ser descoberto e salvo. Outro ponto muito relevante, para mim, é a releitura do conto de fadas As princesas dançarinas que nos é mostrado em A dança da floresta de forma criativa e encantadora. 
         Mas, nem tudo são flores... A questão da masculinidade tóxica e abusiva permeia toda a obra e pode incomodar bastante. É bem ultrajante ver como a pouca liberdade de Jena e suas irmãs é minada por seu primo, César. Confesso quase ter desistido da leitura por causa disso, persisti, felizmente, e fui recompensada por um final maravilhoso com gostinho de continuação. 
        A edição da Editora Wish, inclusive a primeira de A dança da floresta aqui no Brasil, é muito linda. A capa ilustrada por Janaína Medeiros, também responsável belas belas artes presentes em todo o livro, é muito bonita e delicada, ademais, o exemplar vem com uma capa de proteção que também enche os olhos por sua beleza; o projeto gráfico como um todo faz jus a obra de Juliet Marillier e eu espero que a editora publique sua continuação também!