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Pense numa personagem braba, daquelas que bate primeiro e pergunta depois. Agora coloque essa personagem em um mundo mágico, para protagonizar uma história cheia de ação, aventura, romances não correspondidos e tudo o mais. Pois essa é Nihal, a jovenzinha que acompanhamos em A Garota da Terra do Vento, primeiro livro da trilogia Crônicas do Mundo Emerso.
Nihal é uma menina de treze anos que vive na cidade de Salazar na Terra do Vento, a região mais a oeste do continente. Mora com seu pai Livon, o melhor ferreiro da região. Sendo assim, ela cresceu com as crianças de Salazar, um grupo de meninos que adora brincar de guerra. Ela, logicamente, era sempre a comandante do exército de crianças. Tais brincadeiras vão influenciá-la a ter um sonho: tornar-se uma guerreira!
Com o passar do tempo ela vai descobrir que existem mistérios sobre seu passado compartilhados apenas entre seu pai e uma certa feiticeira que vive na floresta. Mistérios que explicam o motivo de Nihal ter a aparência tão diferente: uma garota de cabelos azuis e orelhas pontudas. Além disso, a jovem aspirante a soldado também vai descobrir o que é ter um sonho que vai contra a cultura machista de uma sociedade. Mas, por outro lado, no decorrer de suas aventuras, enfrentará muitos desafios para alcançar seus objetivos, além de perceber que a guerra não é aquilo que ela fantasiava.
A narrativa desse livro é espetacular! A autora Licia Troisi (nascida em Roma, Itália) tem uma escrita muito equilibrada. Os diálogos vêm no momento certo, sempre contribuindo com o desenrolar da história em vez de só "encher linguiça", como ocorre em outros livros do gênero fantasia (cof cof, ACOTAR, cof cof). Além disso, as descrições também são muito bem dosadas, ou seja, você não vai dormir nesse livro. As ações dos personagens condizem com suas respectivas personalidades e, mesmo quando a protagonista toma as atitudes erradas, a gente compreende seus motivos. Enfim, esse livro me surpreendeu bastante, sendo um dos melhores que li em 2020.
Minha única ressalva é a capa da versão brasileira que, meu Deus do céu… que tragédia! Não entendo o porquê de terem escolhido uma ilustração tão feia, com uma cor tão horrível para a fonte do título. Fora que a capa original, da edição italiana (usada nesse post), é super linda e deveria ser o parâmetro.
Realmente não sei o motivo dessa falta de tato da editora. Mas em todo caso, se você relevar a capa feia, tenho certeza que também se apaixonará pela história de Nihal, A Garota da Terra do Vento, e será tragado(a) para dentro das Crônicas do Mundo Emerso assim como eu fui. Livro mais que recomendado!
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