Ano passado, o Halloween por aqui flopou grande. Fiz um post ressurgindo das cinzas como uma fênix, para depois ficar dois meses sem escrever por aqui. Na época eu ainda não estava preparada para voltar, a cabeça estava focada em outras coisas (minha segunda graduação, uma pós, trabalho), mas agora é real oficial: teremos o Mês do Halloween aqui no Livre Lendo e para começar, vou escrever sobre um livro que dividiu minhas opiniões.
Há anos que ouvia falarem sobre o trabalho de Joe Hill, contudo, foi só após ter contato com Locke & Key que decidi, de fato, conhecer a carreira desse autor e comecei pela leitura de A estrada da noite.
Atualmente é comum vermos, em thrillers e romances policiais em geral, protagonistas controversos e anti-heroicos e Judas Coyne é exatamente assim. Ex-vocalista de uma banda de hard rock, ou heavy metal (o narrador não especifica) de muito sucesso, um grande babaca, machista, rico, na casa dos 50 anos, namorando uma garota de vinte. Esse é Judas Coyne. Além de todas essas características, o cara mantem uma coleção bem bizarra em sua casa (que inclui até mesmo uma fita snuff) Por causa disso, ao ser avisado por seu assistente do leilão de um fantasma em um site, "logicamente", ele decide arrematá-lo e fica muito satisfeito com isso.
No anúncio do leilão, uma mulher dizia ter perdido o pai recentemente e que este estava assombrando sua casa através de seu antigo paletó. O dito cujo chega via correio até a casa de Jude, em Nova Iorque, de algum lugar da Flórida, e já vem causando. Ao levá-lo até sua casa, nosso astro do rock sente algo estranho, mas não dá atenção a isso, e mesmo quando sua namorada, Geórgia, machuca o dedo em um alfinete invisível no paletó e fica com um ferimento bem feio, ele ainda não se liga, isso só vai acontecer durante a madrugada quando Jude vê o fantasma e fica mortificado de medo.
Depois desse primeiro encontro assustador, ele tenta devolver o fantasma e entra em contato com sua filha descobrindo ter sido vítima de um golpe: o fantasma era padrasto de uma de suas ex-namoradas, a qual ele abandonou por esta ter depressão... A jovem cometeu suicídio e agora seus familiares querem vingar-se de Jude por ser o "culpado" disso.
É assim que a jornada do decadente outrora astro do rock pelA estrada da noite começa, pois o fantasma almeja levá-lo por ela e não poupará ninguém que fique no caminho de sua vingança. Ao longo dessa road trip macabra vemos o quanto Jude amadurece e assume seus erros e procura repará-los. Ademais, tanto ele quanto sua ex-namorada e a namorada atual tiveram infâncias miseráveis e, no final, todos eles têm motivos para temer e, ao mesmo tempo, ansiar pelA estrada da noite.
Não esperava muito desse livro, mas gostei do estilo de narrar de Joe Hill. Minha percepção foi de que ele enrola menos que seu pai, desculpem-me os fãs de Stephen King! Eu acho que uma divagação aqui e outra acolá, um pouco de descrição detalhada lá pelas tantas, ok; fazer isso em todos os capítulos de um romance, aí não dá, é forçar demais a amizade e, pelo menos, isso não há em A estrada da noite. É um livro de leitura bem tranquila e, em mim, não deu medo, só ranço dos personagens mesmo.
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