3 de julho de 2025
Corte de Gelo e Estrelas

 Olá, pessoal! Samu aqui!



Finalmente li o livro 4 da série Corte de Espinhos e Rosas (ou ACOTAR para os mais bookstans), o título dele é Corte de Gelo e Estrelas. Quero começar este texto deixando claro que ele também tem vários problemas de narrativa, de construção de personagens, e todos aqueles defeitos que encontramos nos volumes anteriores. No entanto, apesar das falhas de sempre, esse foi o primeiro livro da Sarah J. Maas que gostei. Juro.

A narrativa de Corte de Gelo e Estrelas acontece alguns meses após os eventos do volume anterior, mais exatamente na época do Solstício de Inverno, um momento de festividade por toda Prythian (este é o nome do “país” deles, por assim dizer). Eu achei curiosa essa festa, pois ela se assemelha ao Natal, com enfeites parecidos e troca de presentes entre os personagens. Nesse ponto nós leitores acompanhamos as interações do Círculo Íntimo de Rhysand, o que sugere cenas cômicas como as que os fãs já estão acostumados a ver. Um ponto positivo para este livro é que ele foi narrado em terceira pessoa, o que permite haver outros pontos de vista além do de Feyre (a protagonista dos outros volumes). Sendo assim, agora temos capítulos do Cassian, da Morrigan, do Rhysand etc. Isso eu gostei bastante!

Outra diferença que apreciei muito foi o tom da narrativa, que passou de uma coisa atropelada para algo melhor construído. Agora, depois de ter lido mais de 1700 páginas (somando os 3 volumes anteriores), só agora, nós começamos a conhecer melhor os habitantes de Prythian. Nas cenas de Cassian, vemos com mais detalhes como são os costumes dos Illyrianos; já a Feyre passa a conhecer os artesãos da cidade de Velarys, tornando-se amiga de uma pintora. Esse tipo de cena tornou Corte de Gelo e Estrelas uma obra um pouco mais verossímil dentro da sua lógica.

Nesta história não há nenhum perigo iminente, são apenas os personagens de sempre interagindo e comemorando juntos, e por isso ele se torna bastante divertido. Mas, sendo uma história de Sarah J. Maas é bom esperar algumas cenas sem sentido, como, por exemplo, o encontro entre Rhysand e Tamlin. Nesta cena, assim como em diversas outras dos livros anteriores, vemos mais uma vez Rhysand sendo escroto (sim, você não leu errado, o Rhysand toma uma atitude bem escrota ao encontrar com o rival).

Outro momento da história que não me desce ocorre mais para o final, quando Nestha aparece. A Nestha é a personagem mais mal construída da série e muita gente (inclusive eu) a detesta, mas juro que há momentos neste livro em que acabei torcendo por ela. Espero que a autora saiba aproveitar/consertar a personagem na continuação da saga. No mais, é isso: Corte de Gelo e Estrelas é o único livro da série que eu recomendo sem nenhuma ressalva.


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