Juliet Marillier é uma de minhas autoras de fantasia favoritas. Suas histórias sempre evocam a ancestralidade do paganismo celta, algo que me interessa muito. Logo, ao saber do lançamento de A dança da floresta, em uma belíssima edição em capa dura da Editora Wish, não tive dúvidas e adquiri meu exemplar.
A dança da floresta, contudo, diferente de todos os demais romances da autora que li anteriormente, não fala sobre mitologia celta; a narrativa se passa na Transilvânia do século XVI, mais especificamente, em um castelo bem afastado de qualquer povoamento, onde nossa protagonista, Jenica, vive com suas irmãs e seu pai, um mercador. Lá, morando bem próximo à floresta, as jovens terão contato com criaturas mágicas e com o Reino das Fadas e em todas as noites de lua cheia, as jovens visitam esse lugar místico para dançarem por toda a noite e, no dia seguinte, retornam as suas obrigações cotidianas.
É claro que, como em qualquer livro de Juliet Marillier, há aqui uma disputa entre o feminino e o masculino abusivo, ao passo que o masculino complementar existe nas sombras e precisa ser descoberto e salvo. Outro ponto muito relevante, para mim, é a releitura do conto de fadas As princesas dançarinas que nos é mostrado em A dança da floresta de forma criativa e encantadora.
Mas, nem tudo são flores... A questão da masculinidade tóxica e abusiva permeia toda a obra e pode incomodar bastante. É bem ultrajante ver como a pouca liberdade de Jena e suas irmãs é minada por seu primo, César. Confesso quase ter desistido da leitura por causa disso, persisti, felizmente, e fui recompensada por um final maravilhoso com gostinho de continuação.
A edição da Editora Wish, inclusive a primeira de A dança da floresta aqui no Brasil, é muito linda. A capa ilustrada por Janaína Medeiros, também responsável belas belas artes presentes em todo o livro, é muito bonita e delicada, ademais, o exemplar vem com uma capa de proteção que também enche os olhos por sua beleza; o projeto gráfico como um todo faz jus a obra de Juliet Marillier e eu espero que a editora publique sua continuação também!
Oi Andréa, tudo bem?
ResponderExcluirEu super entendo essa vontade de largar um livro por conta de masculinidade tóxica. Pra mim vale pra filme e série também. Se for pra passar raiva, fico com a realidade mesmo. Mas ainda bem que você persistiu e gostou! A capa realmente é linda!
Até breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Oi, Helaina! Tudo bem sim e você?
ExcluirSou bem assim mesmo, só continuei porque confio na autora hahahahaha
Oi! Já larguei livros por conta do excesso de masculinidade tóxica e não sabia que nessa obra existia esse tema. Eu sempre tive vontade de ler algo da autora, mas com esse alerta, já lerei com menos expectativas. Bjos!!
ResponderExcluirMoonlight Books
@moonlightbooks
Ah, mas a Juliet Marillier nunca decepciona, fique descansada. Os momentos de tensão sempre são bem recompensados.
ExcluirOi Andréa, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia a autora nem esse livro, mas imagino que a parte da masculinidade tóxica seja bem enervante mesmo. Fiquei encantada com essa capa. Que primor de arte!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi, Pri, tudo sim e você?
ExcluirEla é maravilhosa! Recomendo esse livro para conhecer a escrita da autora, depois, a série Sevenwaters, que é sucesso! =D
Eu amei a resenha!!! Eu comprei essa edição na feira literária da UNESP e estou mega ansiosa para devorá-lo!!!!! Amo essa autora!
ResponderExcluirEsse livro é lindo mesmo e a história é incrível. Dá nervoso, mas depois a autora resolve tudo muito bem =D
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