1 de abril de 2025
AS PRIMEIRAS QUINZE VIDAS DE HARRY AUGUST

 


        A primeira vez que vi o livro As primeiras quinze vidas de Harry August foi em 2017; Samu e eu estávamos na Livraria Cultura e achei o título do romance criado por Claire North bem interessante e sugestivo. Muitos anos passaram até que finalmente tive oportunidade de fazer essa leitura e posso dizer seguramente que está é uma narrativa surpreendentemente original. 

        As primeiras quinze vidas de Harry August é narrado em primeira pessoa pelo próprio Harry que nos conta como é viver com sua peculiar condição: ao morrer ele sempre volta ao início de sua vida, no útero da mãe; ele nasce, cresce, envelhece, morre e retorna ao ponto inicial em um eterno ciclo sem fim. 

        Em suas primeiras vidas, ele sofre bastante, mas encontra o Clube Cronus, organização secreta de ouroboreanos (como eles se autodenominam) que se ajuda ao longo das eras, seja no passado, presente ou futuro. Eles sabem de tudo, porém decidiram não interferir no desenvolvimento humano e a grande maioria prefere vadiar e gastar dinheiro a rodo ao longo dos séculos. 

     Harry, pelo contrário, sente um vazio muito grande e tenta preenchê-lo com a ciência, religiões, filosofia, contudo, a única pessoa capaz de lhe dar um propósito na vida foi o também ouroboreano, Vincent Rankis. O jovem cientista decidiu que sua "espécie" deveria sim interferir no desenvolvimento da humanidade "linear", assim, ele cria uma máquina a qual batiza de "Espelho Quântico" e convida nosso protagonista para participar do projeto. Harry, decepcionado com a conduta dos membros do Clube Cronus, decide ajudá-lo.  No meio do caminho, porém, ele fica horrorizado com os verdadeiros objetivos de Vincent e fará de tudo para detê-lo, não importando quantas vidas precisará viver para isso. 

        Claire North conseguiu escrever uma história fascinante e bastante criativa em As quinze primeiras vidas de Harry August. Infelizmente, ela pesa um pouco a mão nas digressões e aventuras paralelas do protagonista, apesar disso, a leitura é muito divertida e, passados esses pontos um pouco desinteressantes, a trajetória de Harry e sua busca por Vincent e sua máquina é frenética. Com certeza, se você gosta de fantasia e por que não ficção científica esse é o livro para você. 

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