4 de fevereiro de 2025
NUNCA MINTA, de Freida McFadden

 E como a verdade pode ser mil vezes pior do que uma mentira bem contada...




Imagine a situação: você é uma mulher recém-casada com um homem que não fala sobre a família, na verdade, no casamento de vocês não havia quase ninguém do lado dele, ele não tem amigos e o seus dizem que ele é uma grande red flag, mas mesmo assim você se casa com ele muito rápido. Vocês estão apaixonados e ele prospera no trabalho, apesar de você estar desempregada, e então decidem comprar uma casa maior, afinal, vocês querem ter uma família. Chegando lá, vocês vão pegos de surpresa por uma tempestade de neve e ficam presos nessa casa, que está à venda porque a antiga dona desapareceu há três anos e, aparentemente, vocês não estão sozinhos lá… 


Essa é a premissa de Nunca minta, primeiro livro que li da autora Freida McFadden, um nome muito promissor do gênero thriller atualmente. Quem me apresentou a ela foi o Samu. Ele entrou em uma leitura compartilhada e essa foi a obra escolhida, ele leu e insistiu para que eu lesse também, pois esse é o tipo de história que faz sua cabeça explodir. 

Pois bem, fiz a leitura, mas confesso não ter me engajado rapidamente com o relato da recém-casada Tricia e da desaparecida psiquiatra Doutora Adrienne Hale, um tenho esse problema em ler em inglês, na minha cabeça, quando leio nessa língua, estou estudando, sabe? Foi por esse motivo que demorei a mergulhar nessa história, até porque a escrita de Freida McFadden é eletrizante e objetiva, a mulher não fica enrolando não, tudo o que é escrito, será usado à frente, não há excessos, todas as informações são relevantes, contudo, não te preparam para os plot twists da trama, porque sim, há mais de um! 

Em Nunca minta, Freida McFadden nos apresenta ao enredo, alternando capítulos no presente, nos quais Tricia está pirando dentro de uma casa imensa, na qual ela sente que não está sozinha com seu marido, e ele, de forma paternalista, fala que ela está sendo exagerada e paranóica e que não há ninguém lá além deles… Será mesmo? Com capítulos do passado, nos quais a Doutora Adrienne ainda não está desaparecida e vemos como ela lidava com seus pacientes e como um deles se tornou uma pedra em seu sapato, perseguindo-a e a ameaçando com um vídeo comprometedor dela… E tendo acesso, juntamente com a curiosa Tricia, à algumas gravações das sessões de terapia que a doutora gravava sem a autorização de seus pacientes, algo não muito profissional e bem antiético, não é mesmo? 

Com essas informações, você já deve ter percebido que Freida McFadden cria personagens bem ambíguos e não muito cativantes, logo, nós desconfiamos bastante de quase todos eles e antipatizamos com a maioria também… E como dito, anteriormente, nada, absolutamente nada te prepara para os plot twists de Nunca minta. Sério. Você pode pensar nas mais loucas alternativas para o que aconteceu com a doutora: Morreu? Desapareceu apenas? Qual foi a motivação? Nada, repito, nada do que você pensar vai chegar perto da verdade…

Acho desnecessário dizer que amei essa leitura e, tal como aconteceu com A última festa, passei uma madrugada em claro lendo os últimos capítulos de Nunca minta e “pirei muito na batatinha” com o final, agora, quero ler outros romances de Freida McFadden, virei fã!


Um comentário:

  1. Eu li recentemente esse livro (e em breve vou surtar lá no site também, haha) e ele alugou um verdadeiro triplex na minha cabeça! Eu fui feita de trouxa com muita categoria, e não esperava aquele desfecho, mesmo que as coisas estivessem na minha cara! A Freida surpreende bastante pelos enredos bem elaborados, mas Nunca Minta ainda não conseguiu o posto de favorito.
    Bjks!

    www.mundinhodahanna.com.br

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