Antes de começar, um aviso: essa postagem é sobre o final de uma série de quadrinhos, logo, haverá spoilers e a decisão é sua de ler ou não.
Aconteceu. Eu sabia que aconteceria. Demorou, e finalmente, terminei a leitura de Sandman. Durou mais de um ano entre altos e baixos, foram momentos bons e filosóficos entremeados a outros nos quais fiquei um pouco em dúvida quanto à minha opinião sobre o trabalho do senhor Neil Gaiman... Mas estamos aqui, certo? Terminamos e eu vou contar tudo o que achei dessa obra!
No arco anterior, descobrimos quais foram os desdobramentos do passado de arrogância e prepotência de Sandman. Em Despertar, vemos um pouco dessa nova figura: Sonho dos Perpétuos, a atual manifestação do senhor do Sonhar. Há uma certa relutância de todos em aceitar o outrora Daniel Hall, mas também pudera, né? Morpheus acabou de "morrer", tudo mudou, não dava para ficarem alegres e contentes. É interessante e triste testemunhar essas mudanças... Sabemos desde Entes Queridos, que o final de Sandman está chegando e isso fica bem claro em Despertar, pois há o velório e enterro de Morpheus...
Com certeza, Sandman mostrou-se uma enorme jornada de auto-conhecimento e evolução da personagem título. Isso porque, no início, Morpheus era uma criatura bem desprezível. O cara deixou uma moça presa no Inferno por MILÊNIOS só porque ela lhe deu um pé na bunda! Abandonou o filho para morrer no Hades, era um irmão mais velho péssimo, muito egoísta e egocêntrico, enfim, um horror, contudo ao longo de cada arco ele se modifica, melhora, chegando finalmente ao ápice da mudança: torna-se uma outra pessoa.
Nos primeiros dois capítulos desse arco vemos o velório e enterro do antigo Morpheus; no terceiro, além de sermos "acordados", deparamo-nos com a constatação final de que o tecedor de sonhos mudou mesmo: ele perdoa Lyta Hall e a ajuda a esconder-se de qualquer um que queira vingar-se dela; e no último, revemos uma personagem muito querida e interessante: Robbie Gadling, o homem esquecido pela Morte a pedido de Morpheus e que, com o passar dos séculos, tornou-se seu grande amigo. A respeito dele, não contarei spoilers, só digo isso: ele terá uma conversa com a irmã mais velha de Sandman...
Depois dessas quatro edições, ainda temos mais duas, agora de "histórias aleatórias", Em Exilados, acompanhamos um antes conselheiro de um grande imperador oriental sendo exilado pelas escolhas erradas de seu filho. Para chegar a seu destino ele deve atravessar um deserto e acaba chegando a um dos Lugares Suaves, os portais no mundo desperto para o Sonhar. Lá, ele encontra Morpheus e, obviamente, tem uma mudança transcendental em sua vida... E, finalmente, chegamos a revista de número 75, o fim de tudo! Nessa edição intitulada de A Tempestade, podemos admirar a belíssima arte de Charles Vess, o mesmo ilustrador de Sonho de uma noite de verão, primeira edição de Sandman a ganhar um prêmio, logo, já sabemos como esse final será épico.
A Tempestade é uma das, para mim, temidas histórias aleatórias entre arcos, tão características de Sandman, entretanto, esta nada tem de temível e é a última história, a que conclui absolutamente tudo. Nela, acompanhamos William Shakespeare enquanto escreve sua derradeira peça que será um presente para Morpheus, selando assim sua barganha com o Senhor do Sonhar. A cada página, vivenciamos bastante do cotidiano conhecido do Bardo, todavia de uma forma poética e simbólica, como esperado da autoria de Neil Gaiman. As palavras fluem como magia, tal o que acontece na peça. Essa, como as primeiras, foi uma história aleatória prazerosa de ler e trouxe-me boas recordações da jornada de Morpheus e termina com um alento para os fãs dessa personagem: ele jamais sairá do Sonhar... Mas mudou e tornou-se alguém completamente diferente do que conhecemos em Prelúdios e Noturnos...
Agora, qual é a minha opinião geral acerca de Sandman como um todo? Serei breve e sincera: gostei muito de todos os arcos principais, menos Um Jogo de Você, e senti-me diversas vezes enfadada com os arcos de histórias aleatórias. Apreciei o estilo grandiloquente de Neil Gaiman, mesmo achando desnecessário em alguns momentos... Continuo intrigada com o passado do corvo Matthew e gostaria muito de ter essa curiosidade esclarecida, mas nada que um clique não resolva.... Enfim, a dor do parto é difícil, só que chegou a hora de partir... Então, é isso, minhas gentes, acabou. Finalmente eu e Sandman acabamos por aqui.
Com certeza, Sandman mostrou-se uma enorme jornada de auto-conhecimento e evolução da personagem título. Isso porque, no início, Morpheus era uma criatura bem desprezível. O cara deixou uma moça presa no Inferno por MILÊNIOS só porque ela lhe deu um pé na bunda! Abandonou o filho para morrer no Hades, era um irmão mais velho péssimo, muito egoísta e egocêntrico, enfim, um horror, contudo ao longo de cada arco ele se modifica, melhora, chegando finalmente ao ápice da mudança: torna-se uma outra pessoa.
Nos primeiros dois capítulos desse arco vemos o velório e enterro do antigo Morpheus; no terceiro, além de sermos "acordados", deparamo-nos com a constatação final de que o tecedor de sonhos mudou mesmo: ele perdoa Lyta Hall e a ajuda a esconder-se de qualquer um que queira vingar-se dela; e no último, revemos uma personagem muito querida e interessante: Robbie Gadling, o homem esquecido pela Morte a pedido de Morpheus e que, com o passar dos séculos, tornou-se seu grande amigo. A respeito dele, não contarei spoilers, só digo isso: ele terá uma conversa com a irmã mais velha de Sandman...
Depois dessas quatro edições, ainda temos mais duas, agora de "histórias aleatórias", Em Exilados, acompanhamos um antes conselheiro de um grande imperador oriental sendo exilado pelas escolhas erradas de seu filho. Para chegar a seu destino ele deve atravessar um deserto e acaba chegando a um dos Lugares Suaves, os portais no mundo desperto para o Sonhar. Lá, ele encontra Morpheus e, obviamente, tem uma mudança transcendental em sua vida... E, finalmente, chegamos a revista de número 75, o fim de tudo! Nessa edição intitulada de A Tempestade, podemos admirar a belíssima arte de Charles Vess, o mesmo ilustrador de Sonho de uma noite de verão, primeira edição de Sandman a ganhar um prêmio, logo, já sabemos como esse final será épico.
A Tempestade é uma das, para mim, temidas histórias aleatórias entre arcos, tão características de Sandman, entretanto, esta nada tem de temível e é a última história, a que conclui absolutamente tudo. Nela, acompanhamos William Shakespeare enquanto escreve sua derradeira peça que será um presente para Morpheus, selando assim sua barganha com o Senhor do Sonhar. A cada página, vivenciamos bastante do cotidiano conhecido do Bardo, todavia de uma forma poética e simbólica, como esperado da autoria de Neil Gaiman. As palavras fluem como magia, tal o que acontece na peça. Essa, como as primeiras, foi uma história aleatória prazerosa de ler e trouxe-me boas recordações da jornada de Morpheus e termina com um alento para os fãs dessa personagem: ele jamais sairá do Sonhar... Mas mudou e tornou-se alguém completamente diferente do que conhecemos em Prelúdios e Noturnos...
Agora, qual é a minha opinião geral acerca de Sandman como um todo? Serei breve e sincera: gostei muito de todos os arcos principais, menos Um Jogo de Você, e senti-me diversas vezes enfadada com os arcos de histórias aleatórias. Apreciei o estilo grandiloquente de Neil Gaiman, mesmo achando desnecessário em alguns momentos... Continuo intrigada com o passado do corvo Matthew e gostaria muito de ter essa curiosidade esclarecida, mas nada que um clique não resolva.... Enfim, a dor do parto é difícil, só que chegou a hora de partir... Então, é isso, minhas gentes, acabou. Finalmente eu e Sandman acabamos por aqui.
Acho fascinante essas edições de Sandman <3 Tenho a coleção completa (ou quase, saiu o volume 5 aí) e posts como esse só me dão mais vontade de reler esse universo fantástico <3
ResponderExcluirNossa, que legal, Dora! Não sabia dessa quinta edição O_O
ExcluirEu também já quero reler meus arcos favoritos kkkkkkkkk