William Gibson e Bruce Sterling são grandes expoentes da ficção científica. O primeiro, conhecido pela série Neuromancer; o segundo, pela série Mirrorshades; Juntos, eles ajudaram a estabelecer as principais características do subgênero steampunk e o trabalho responsável por isso é o livro A Máquina Diferencial.
Antes de falar a respeito da obra em si, é preciso dar algumas explicações: o subgênero steampunk significa "Tecnologia a Vapor" e traz narrativas que se passam durante a Era Vitoriana, ou seja, segunda metade do século XIX e mostra uma versão alternativa e futurista, para os padrões da época, dos resultados das Revoluções Industriais. Logo, a caracterização das personagens, suas falas e ações são moldadas por esse período histórico, dando a esses textos um carácter bem semelhante ao de obras escritas, de fato, na época em que são ambientadas. Sabendo disso, percebe-se que A Máquina Diferencial pode ser uma leitura desafiante e apesar de ser uma ávida leitora de clássicos e gostar de ficção científica, comigo, isso não foi diferente.
O livro é dividido em cinco partes chamadas de Iterações, e o nosso amigo Google nos dá uma ótima explicação dessa palavra que tem tudo a ver com a história:
O livro é dividido em cinco partes chamadas de Iterações, e o nosso amigo Google nos dá uma ótima explicação dessa palavra que tem tudo a ver com a história:
"processo de resolução de uma equação mediante operações em que sucessivamente o objeto de cada uma é o resultado da que a precede."
Na primeira, acompanhamos a jovem Sybil Jones, filha de um líder comunista assassinado pelo Estado, sendo treinada para tornar-se espiã por um homem fiel ao ex-presidente do Texas. Há uma conspiração acontecendo e só sabemos que a família Byron é parte importante nisso, sendo Ada Byron, a "Rainha das Máquinas", a mais digna de nota. Da segunda a quarta iterações acompanhamos Edward Mallory, um paleontologista que teve o azar de estar no lugar errado e na hora errada, tornando-se alvo da conspiração que quer derrubar o governo vigente e instaurar uma espécie de ditadura comunista, deturpando totalmente a essência da mesma.
Já a quinta iteração tem como protagonista o jornalista e "espião" Oliphant, uma pessoa que ajudou muito nosso outro protagonista e está investigando o ocorrido com Sybil para tentar encontrar uma forma de desvendar o mistério que assola sua nação e mais, a família Byron.
A Máquina Diferencial traz muito mais elementos históricos e políticos do que ficção científica em si. Todos os grandes cientistas dessa sociedade são também políticos parte da Câmara dos Lordes, algo que foi bem frustrante... Afinal, eu esperava saber mais sobre a máquina de Babbage e gostaria muito de ter visto o protagonismo de Ada Byron, afinal, ela foi a primeira programadora da História!! Porém, isso é mencionado de maneira secundária no livro, Ada é mostrada como uma mulher bêbada, viciada em jogos, o título de "Rainha das Máquinas" não é respeitado pelas pessoas influentes, apenas os que estão de fora do governo a admiram, algo realmente irritante, pois essa mulher foi A PRIMEIRA PROGRAMADORA DA HISTÓRIA! Pelo amor de Deus, gente! Por que não fazer uma narrativa focada nessa personagem? Nesse empoderamento feminino?
Enfim, deu para perceber que não gostei muito dessa leitura, né? Sinceramente, terminei porque queria descobrir o mistério em volta das iterações, mas não me interessei pelas personagens, nem por sua luta. A parte científica do maquinário a vapor até seria legal de se ver em um filme, entretanto, no livro, ela não surpreende.
Acredito ser A Máquina Diferencial uma boa leitura para quem gosta de tramas políticas envolvendo Inglaterra e Estados Unidos, ou que goste de máquinas a vapor, ou queira conhecer o steampunk. Eu, infelizmente, não consegui gostar e terminei o livro bem decepcionada.
A Máquina Diferencial traz muito mais elementos históricos e políticos do que ficção científica em si. Todos os grandes cientistas dessa sociedade são também políticos parte da Câmara dos Lordes, algo que foi bem frustrante... Afinal, eu esperava saber mais sobre a máquina de Babbage e gostaria muito de ter visto o protagonismo de Ada Byron, afinal, ela foi a primeira programadora da História!! Porém, isso é mencionado de maneira secundária no livro, Ada é mostrada como uma mulher bêbada, viciada em jogos, o título de "Rainha das Máquinas" não é respeitado pelas pessoas influentes, apenas os que estão de fora do governo a admiram, algo realmente irritante, pois essa mulher foi A PRIMEIRA PROGRAMADORA DA HISTÓRIA! Pelo amor de Deus, gente! Por que não fazer uma narrativa focada nessa personagem? Nesse empoderamento feminino?
Enfim, deu para perceber que não gostei muito dessa leitura, né? Sinceramente, terminei porque queria descobrir o mistério em volta das iterações, mas não me interessei pelas personagens, nem por sua luta. A parte científica do maquinário a vapor até seria legal de se ver em um filme, entretanto, no livro, ela não surpreende.
Acredito ser A Máquina Diferencial uma boa leitura para quem gosta de tramas políticas envolvendo Inglaterra e Estados Unidos, ou que goste de máquinas a vapor, ou queira conhecer o steampunk. Eu, infelizmente, não consegui gostar e terminei o livro bem decepcionada.
Oi Andrea!
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, mas conhecia o William Gibson por causa de Neuromancer, que apesar de ainda não ter lido, faz muito tempo que estou querendo. O outro eu não conheço.
Apesar de achar o steampunk bem diferente, nunca li nada do subgênero. O que se encaixa é o jogo BioShock: Infinite, que eu adorei. Mesmo você falando que a parte científica foi pouco trabalhada na história, achei bem interessante a parte política.
Adorei a dica.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/
Conheço esse jogo e acho incrível!!
ExcluirRealmente, a premissa leva a crer que a leitura é mesmo desafiante e saber que você nãoo se interessou pelos personagens e nem pela luta deles me faz dispensar a leitura, ainda mais eu que não sou chegada em tramas politicas. Uma pena.
ResponderExcluirAbraços.
https://acabinedeleitura.blogspot.com/
Realmente, eu esperava bastante desse livro...
ExcluirOi, Andrea!
ResponderExcluirEsse livro tá na minha lista de livros que quero ler há um bom tempo, mas ainda não tive a chance. Amo steampunk, por isso sempre acabo me interessando por coisas dentro desse subgênero. Para ser sincera, eu tinha uma grande expectativa sobre o livro, pois também adoro William Gibson em Neuromancer, mas é uma pena que ele não tenha te agradado. Gostei muito do seu post e da sua sinceridade em falar sobre os pontos que não curtiu na história. Beijos!
Jéssica Martins
castelodoimaginario.blogspot.com
Espero que essa leitura seja melhor para você do que foi para mim!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirAinda não conhecia essa obra e o gênero Steampunk só conheci há pouco tempo através da série Protetorado da Sombrinha da Editora Valentina. Ainda assim, acho pouco para dizer se realmente gosto ou não.
Gostei de saber mais dos elementos de ficção cientifica que a trama aborda e sobre como ela foi dividida. Fiquei só com uma ressalva, me pareceu uma leitura bem arrastada.
Quem sabe mais para frente de uma oportunidade.
Beijos!
Camila de Moraes
Achei engraçado o título do livro que você citou.
ExcluirInfelizmente, A Máquina Diferencial é muuuuuuuito arrastado =/
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu ainda naõ conhecia esse livro e gosto dessa mistura de história e ficção. Achei a obra bastante interessante e apesar de parecer ter alguns pontos mais lentos eu acredito que eu gostaria da leitura sim. Gostei da sua sinceridade em falar sobre a sua experiência com a leitura, é muito bom poder ver opiniões verdadeiras antes de optar por comprar ou não um livro.
Que bom que gostou!! Espero que possa fazer a leitura e que ela seja melhor para você do que foi para mim. =)
ExcluirOla
ResponderExcluirÉ realmente uma droga quando o livro nao nos cativa e terminamos a leitura decepcionado. Nao conhecia o livro, mas de fato ele naobé pra mim, pois nao curto muito ficção cientifica e nem histórias políticas.
Beijos
Entendi =)
ExcluirOi Andrea,
ResponderExcluirAinda não li nada de Steampunk. Tenho 3 livros sobre o tema. O primeiro é O Circo Mecânico Tresaulti, de Genevieve Valentine (Darkside), e os 2 primeiros livros da série O Protetorado da Sombrinha, da Gail Carriger (Valentina).
A Máquina Diferencial parece ser um livro denso e, por isso mesmo, arrastado. Não faz muito meu estilo. Parabéns pela resenha!
Beijos,
André | Garotos Perdidos
Quero muito ler O Circo Mecânico Tresalti!! =)
ExcluirAi que pena, Andrea.
ResponderExcluirNão tem nada mais frustrante do que esperar uma coisa de um livro e descobrir que ele não é nada do que a gente imaginava, né?!
Eu amo ficção científica, mas não me dou muito bem com steampunk, então vou me lembrar de nem dar chance para esse livro. Certeza que eu iria me decepcionar como você!
beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Infelizmente, foi triste mesmo... Mas ainda quero dar chance ao gênero, com outros autores, claro.
ExcluirNão conhecia esse livro e a sua resenha me chamou muito a atenção pelo fato de ser um dos meus estilos literários preferidos. Anotei a dica, pois estou bem curioso sobre a história.
ResponderExcluirEspero que você tenha mais sorte do que eu nessa leitura...
ExcluirOlá, Andrea!
ResponderExcluirLamento que tenha sido uma leitura decepcionante. :( É horrível quando lemos um livro que apenas nos faz perder o tempo. Eu fico com raiva quando isso acontece.rsrs
O livro em si já não me interessaria tanto porque não leio muito ficção científica quanto por ser uma trama mais política do que qualquer outra coisa. Tudo bem que o contexto histórico poderia me atrair (amo História), mas não o suficiente para me fazer ler um livro com tanta coisa que não aprecio, ainda mais considerando que o livro te decepcionou.
Pois é... Se já não gosta do gênero, melhor passar longe mesmo =/
ExcluirEntendo totalmente o seu posicionamento, retratar uma figura feminina como essa, de maneira tão superficial e negativa não tem nada de agregador, principalmente quando os leitores compram a história esperando uma coisa e encontram outra... Uma pena.
ResponderExcluirFoi exatamente isso! =(
ExcluirOlá, tudo bom?
ResponderExcluirCurto muito histórias que envolvam a política da Inglaterra, no entanto, nunca li nada steampunk e acho que não faz muito meu estilo. Outro ponto que me desanima é saber que mesmo a trama política e o cunho histórico ser maior que a ficção científica, ela ainda existe na trama e infelizmente não é um gênero que funciona para mim, então passo a dica da vez.
Sobre a primeira programadora da história, concordo que poderia ter uma trama focada nela, bem empoderada! rs
Adorei a resenha e a sinceridade!
Beijos!
Passe longe mesmo. Esse livro não vale a pena. =(
ExcluirOi, Andrea!
ResponderExcluirÉ uma pena que a leitura não foi tudo aquilo que você esperava =/ Uma coisa que tenho percebido em vários livros steampunk é que o fator político é extremamente importante nas tramas, talvez por isso questões que seriam extremamente interessantes não foram bem desenvolvidas ou apenas mencionadas.
Beijos!
Essa foi minha primeira leitura do gênero. Não sabia desse foco político. O_O Por isso a surpresa e decepção.
ExcluirOi Andréa,
ResponderExcluirAdorei a definição que você deu para o sub gênero steampunk. Estava tentando defini-lo para uma leitora, agora eu já consigo encontrar palavras para definir o gênero.
Gostei muito da proposta do livro e do que ele apresenta ao longo do livro e no seu desenrolar.
Algumas coisas já sei que vão me agradar bastante e acho que esse é um gênero que vai me agradar bastante.
Adorei suas impressões e vou anotar a dica, sem dúvidas!
Beijos
Que bom que pude ajudar de alguma forma! *_____*
ExcluirOlá!
ResponderExcluirOlhando a capa e ambientação desse livro, eu me lembrei de um que li e que achei sensacional, mas era muito mais uma fantasia, do que algo tão político como esse e acho que é isso que me repele desse livro. A sinopse já não me chamou tanta atenção e com esses pontos negativos, sinto menos vontade ainda de ler, mas nunca se sabe, né?
Traveling Between Pages
Gostaria de saber o nome desse livro. Adoro fantasia!!
ExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirEu não curto muito o gênero e confesso que não conhecia o livro e nem os dois autores. Mas achei uma pena que a leitura tenha sido tão decepcionante. Acredito que, para quem já lê mais ficção científica, pode ser meio frustrante mesmo.
No entanto, eu tenho que admitir que fiquei bem mais interessada por causa das tramas políticas, algo que eu sempre gosto nos livros.
De qualquer forma, adorei sua resenha, especialmente pela explicação sobre o que é steampunk (eu não tinha nem ideia do que era kkkk) e pela sua opinião sincera sobre o livro <3
Beijos!
Se gosta de tramas políticas, vai gostar desse livro!
ExcluirQue bom que pude ajudar de alguma forma =D
Oie, tudo bom?
ResponderExcluirEu não curto muito steampunk, acho muito complexo, rs. Mas eu adoro fantasia, porém ach9 que as mesmas coisas que te desagradaram também me deixariam incomodada. Esse foco no enredo não é pra mim, kkk
Eu ainda não desisti do steampunk, e também ano steampunk =D
ExcluirOlá,
ResponderExcluirNunca li nada do gênero steampunk, tenho vontade, pois acho que é um assunto muito bacana e que provavelmente irei curtir. Também não li nada dos autores, mas ouvi falar vem da série Romances. Além disso, questões históricas e políticas tem me atraído bastante nos últimos tempos.
Beijos,
oculoselivrosblog.blogspot.com.br/
Espero que possa fazer a leitura então =)
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