9 de outubro de 2018 Sobre Seminário dos Ratos de Lygia Fagundes Telles e...

... o problema de ser uma leitora compulsiva!

   Como pessoa compulsiva que sou, às vezes, só às vezes, (cuidado: muito ironia nesse trecho) decido ler todos os livros, ou quase, de um autor/autora do qual gosto muito, tudo de uma vez só... Infelizmente, essa prática não é muito boa, porque você acaba ficando saturado da escrita do dito (a) cujo (a) - Samuel que me desculpa, ele detesta quando vê pessoas representando o gênero feminino apenas com um a, mas é o que temos para hoje. - e acaba não querendo ler as demais obras, ou mesmo ouvir falar do autor por um bom tempo. 

    Sem ironias: sei o quanto Lygia Fagundes Telles é uma autora incrível e tudo o que ela escreve é muito bom, contudo, acho que meu cérebro já não aguenta mais ler suas obras! Quem acompanha o blog, deve ter percebido que desde 2016 eu sempre encaixo em vários meses algum livro dessa autora em minhas leituras mensais, agora já deu. Não consigo mais, cansei. =O 

    Seminário dos Ratos, especificamente, é um conto muito bom, diferente e questionador. Não se pode negar o brilhantismo de Lygia Fagundes Telles no que tange a narrativa fantástica. A questão é que eu cansei. Não consegui adentrar as demais narrativas, em sua maioria muito interessantes, isso porque via na linguagem das personagens e em suas expressões tudo o que já vira outrora nos demais livros. Acredito ser esse um problema não apenas comigo, mas na escrita de Lygia Fagundes Telles: todas as personagens falam da mesma maneira. Mulheres, homens, adolescentes, todos se comunicam da mesma foram, algo bem fora da realidade, afinal, as variações linguísticas comprovam isso. 

    Sempre é triste falar de uma experiência desagradável de leitura, pois eu AMO LER, por isso fica a dica: leiam com parcimônia autores que vocês admiram para não perderem o deslumbramento e, em consequência disso, perderem ótimas histórias...