18 de setembro de 2018
A Viuvinha - José de Alencar


Minha relação com o autor José de Alencar é um tanto quanto conflituosa... Já li alguns de seus romances, contudo após a leitura de A Viuvinha, acredito que ele escrevia novelas muito melhor do que romances... Digo isso porque minha grande barreira com José de Alencar está em sua excessiva descrição. Sei ser esta uma constante do Romantismo, mas não significa que não ache chato. 
Felizmente, por tratar-se de uma novela, A Viuvinha é mais fluida. O narrador não perde tempo com descrições demasiadas, conta-nos uma boa história com começo, meio e fim de forma ágil e objetiva. 
Nesse livro, José de Alencar, através de um narrador em 3ª pessoa, conta a história de Jorge e Carolina. Ambos jovens, bonitos e bons de coração, porém, o rapaz, outrora rico, perde sua fortuna em noitadas antes de conhecer o amor de sua vida e só descobre isso um dia antes do casamento. A fim de não "manchar" a honra de Carolina cancelando o enlace, ele decide casar-se, no entanto, na noite de núpcias, sem encontrar saída para sua recente pobreza, toma uma outra decisão que transformará sua vida e a da amada para sempre... Cinco anos passam e, apesar de muito jovem, (apenas 21 anos) Carolina continua em luto fechado, recusando qualquer investida do mundo exterior, por isso ganha a alcunha de "A Viuvinha".
José de Alencar traz nessa novela vários elementos característicos da narrativa romântica: a heroína pura e boa, o herói decaído, o amor impossível, a questão do suicídio como forma de resolver os problemas, enfim, é realmente interessante ver como em poucas páginas o autor desenvolve muito bem o contexto social de sua história. 
Para os que gostam de romances, histórias de amor com final feliz e redenção, recomendo muito a leitura de A Viuvinha. Vocês vão adorar e nesses dias de chuva, nada melhor do que ler uma novela boa como essa durante a tarde. 

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