27 de abril de 2016
A Máquina do Tempo - H.G. Wells

Ai, gente... Não sei... Acho que estou desistindo desse autor! Sério. Não consegui gostar realmente de nenhum livro dele até agora! As temáticas são interessantes, mas as narrativas são muito chatas! É tudo tão arrastado e mal explicado! Se o autor pelo menos trouxesse uma verossimilhança maior aos temas científicos que ele aborda, ainda vá lá! No entanto, ele "enrola" em coisas totalmente supérfluas e nos dá explanações fúteis acerca do desconhecido. Sinceramente, fico muito chateada quando não gosto de um autor, ou de um livro que várias pessoas que admiro adoram... Sem falar que H.G. Wells foi um dos precursores do gênero... Estou frustrada! Agora, sem mais delongas, vamos falar logo sobre o que se trata esse livro... 



Nesse romance, conheceremos a história do "viajante do tempo", um aristocrata inglês que foi assim apelidado pelo narrador, do qual não sabemos nem o nome, por ser um estudioso no campo das "viagens no tempo" e por ser um grande entusiasta destas. Num primeiro momento, o narrador nos dirá que tudo começou quando este e outros amigos foram à casa do "viajante" e viram uma miniatura do que seria uma máquina do tempo desaparecer da sala do anfitrião. Todos viram o feito, mas nenhum deles acreditou verdadeiramente no ocorrido, no entanto, o viajante acaba mostrando o modelo em tamanho real da tal máquina e diz que fará uso dela em breve. 
Algumas semanas depois, o grupo se reúne novamente e, para a surpresa geral, o anfitrião aparece todo desmantelado e, óbvio, os demais cavalheiros desejam saber o porquê...
O viajante acaba contando sua história: ele, de fato, conseguiu fazer a máquina funcionar chegando ao ano de 802.701 (oitocentos e dois mil setecentos e um oO) Sim, esse ano ai. 
Lá, ele se vê em uma Inglaterra completamente diferente (jura? nem sei que século seria esse!). A raça humana já não é mais a mesma e se dividiu em dois grupos distintos: os elóis - humanos pequeninos, sem raciocínio lógico, acomodados e desinteressados de tudo que não seja brincadeiras, diversão e prazer, são extremamente inocentes também e muito bonitos - e os morlocks - seres que vivem no subterrâneo e que aparentemente são "escravos" dos supracitados, mas, depois, o narrador descobre algo aterrador a respeito deles... são muito feios, inteligentes e excelentes predadores.  
Tudo seria maravilhoso e esta seria uma encantadora viagem, se a máquina do viajante não tivesse vido roubada! Por isso, acompanharemos as explorações dessa personagem em busca da única maneira de voltar para o "mundo civilizado", além das descobertas que ele faz acerca desse maravilhoso-mundo-novo-até-a-página-dois de oitocentos (vide lá em cima).
Eu sei, falando assim parece super legal, até porque o autor traz uma crítica bem interessante sobre o comunismo que estava ganhando muitos simpatizantes na época em contraste com o capitalismo e explica a "evolução" da raça humana através disso. Achei incrível essa ideia e até acreditaria nela, mas o autor perde tanto tempo explicando e descrevendo coisas fúteis que essas ideias perderam seu brilho e, no final, tudo ficou muito enfadonho... 
Caso você goste de ficção científica e dos clássicos desse gênero, dizem que esse livro é ótimo... Mas, se quiser minha opinião sincera... nem tanto... Leia Júlio Verne!

6 comentários:

  1. Nunca li nada dele, mas sei que é precursor do género de ficção científica um género que pode tornar-se muito datado décadas depois, face à novidade que foi na sua época.
    Gosto de Jules Verne, mas imagine a inconsistente Viagem ao Centro da Terra lida por uma pessoa como eu formada em Geologia e precisamente vivendo sobre um vulcão? É assim a literatura de ficção científica, tem riscos.

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    1. Você tem razão, mas o problema é que eu não sou geóloga, por exemplo, e para mim A viagem ao centro da Terra foi muito verossímil na época em que li. Já os livros do Wells têm explicações tão supérfluas que até alguém que não faz parte das áreas do conhecimento contempladas por eles, ficam com um pé atrás. E o engraçado é que nesse livro o autor utiliza a metalinguagem e diz exatamente o que eu disse agora, na fala do protagonista: que quando a explicação é simples demais as pessoas desconfiam.

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  2. Olá, nunca li nada desse autor, mas como você falou,mesmo se o tema for bom, não adianta se a narrativa é chata, eu simplesmente não consigo seguir a diante...kkkk

    Abraços

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    1. Oi, Raquel! Obrigada pelo comentário!
      Olha, a temática desse livro é muito legal, mas o autor não deu ênfase ao que realmente importava, na minha opinião, e isso acaba desmotivando qualquer um! =/

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  3. Eu acho a capa desse livro fantástica, apesar de não ser muito familiarizada com enredos que tragam viagens no tempo, fiquei com muita vontade de ler esse livro. ‘Lá, ele se vê em uma Inglaterra completamente diferente (jura? nem sei que século seria esse!).’ ri horrores com esse trecho. Pena que no final tudo tenha ficado enfadonho.

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    1. Oi, Lilian! Obrigada pelo comentário!
      kkkkkkk Sabe, essas pequenas coisas é que me deixaram "encucada" com esse livro! Poxa, tinha tanta redundância, tantas repetições... Mas se você relevar isso, terá uma história bem interessante sobre viagens no tempo. Bjss

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