3 de abril de 2015
A Queda de Atlântida - Marion Zimmer Bradley

Olá queridos! Como primeiro post do ano falando de algo legal que li nesses tempos, vamos começar por essa história incrível que é A Queda de Atlântida, criada pela maravilhosa Marion Zimmer Bradley! Essa história eu li no mês de fevereiro e já se tornou uma das minhas favoritas da autora!


Resenha: 
Como todo fã de Marion Zimmer Bradley sabe, essa mulher adora deixar algumas pontas soltas em suas histórias, que ela vai chamar de "carmas", todas as personagens de Bradley (as principais) vivem alguma espécie de carma de suas vidas passadas e no caso de A Queda de Atlântida nós vemos o princípio de tudo...
Essa história é dividida em dois livros distintos e fininhos, no início, antes de lê-los, eu não entendia porque a autora fizera dois livros tão pequenos e não um livro só dividido em duas partes, só depois da leitura é que compreendi que ela quis dar maior ênfase as personalidades totalmente contrastantes das duas irmãs protagonistas da história. 
Então, nós temos o primeiro livro que se chama "A Teia de Luz", aqui a autora vai nos contar as origens que permeiam a "magia" que ela criou, para isso ela nos transporta à Atlântida, só que essa Atlântida é muito diferente da que nós vemos retratada nos filmes, aqui nós temos um arquipélago, no centro dele nós temos a dita ilha principal, Atlântida ou Terra de Ahtarrath e ao redor dela, as outras ilhas menores. Nossa história se passa em uma dessas ilhas secundárias - A Terra Antiga - nela nós somos apresentados as irmãs Domaris e Deoris é preciso entender também que essa sociedade não é "evoluída", aqui nós vemos muito preconceito, divisão de castas, subjugação das mulheres, escravidão... enfim, essa Atlântida meio que desmitifica as outras... Esse ponto da construção da ilha eu não gostei, eu realmente queria que a sociedade humana tivesse pelo menos um momento de grandeza, mas não é isso que vai acontecer, tanto é, que são ações humanas que culminam na submersão de todo o arquipélago. 
Voltando as irmãs... Domaris é uma "acólita", ela é o ideal de uma sacerdotisa da luz, ela vive em uma casa dentro do Templo da Luz junto com outros 11 jovens, eles devem casar entre si e gerar novos acólitos para a luz, no entanto Domaris não sente amor por seu pretendente, situação que só piora quando seu mestre Rajasta, a apresenta ao forasteiro Micon...
Micon é o príncipe da Terra de Ahtarrath, ele foi sequestrado e torturado por uma seita de magos chamados "Túnicas Negras", porque os atlantes da linhagem real possuem um poder único de controlar os quatro elementos.
Galera vou abrir um parêntese aqui: a magia nesses livros é muito arcaica e muito mal vista também, as pessoas do Templo da Luz não praticam "magia", eles fazem alguns encantamentos, entoam canticos, mas magia mesmo, nada. Quem faz isso são os magos das ordens "inferiores" os "Túnicas Cinzentas"  que usam a magia para cura e os "Túnicas Negras" que usam a magia em benefício próprio.

Sem saber como chegou a esta pequena ilha mas, sabendo que vai morrer logo e que precisa passar sua linhagem a diante, nosso príncipe precisa encontrar uma mãe para seu herdeiro e essa união deve consumar-se com amor porque senão, os poderes dele serão transferidos a seus agressores que o amaldiçoaram... Toda a "teia" de luz vai se passar no templo homônimo e girará em torno dessa necessidade de Micon ter um filho e em sua prematura morte eminente.
Mas, eu falei que essa história é primordialmente a respeito das irmãs certo? Pois bem, Domaris, a mais velha, é sempre descrita como "luminosa", "coroada pela luz", "filha da luz", já sua irmãzinha Deoris, é descrita como uma moça taciturna, difícil e egoísta e sinceramente gente, no primeiro livro como ela é chata! Ô menina pentelha! Ela não quer perder a Domaris, no entanto, elas acabam se distanciando porque no segundo livro "A Teia de Trevas", Deoris se torna aprendiz do Templo
Cinzento, se torna amante, digamos assim do Iniciado e chefe dessa ordem, Riveda e bem, a vida de Deoris tem uma reviravolta terrível, muitas coisas assustadoras acontecem... Esse livro é mesmo, cheio de trevas, diferente do outro que contava a história dos filhos da luz Domaris e Micon, aqui nós vemos a história do ponto de vista de Deoris e Riveda, que não são filhos da luz! 
Eu li e vi algumas resenhas na net dizendo que esse livro é difícil de ler, que a leitura não flui como em As brumas, mas eu gostei da história,  gostei da narração, no entanto eu acho que faltaram detalhes a ela, no final das contas o mito da Atlântida é muito pobre, a autora coloca símbolos que ela não explica, rituais que não tem relevância nenhuma na narrativa, ou seja, são livros que ao todo se tornam um pouco confusos, mas você ainda consegue visualizar traços de outras personagens da autora dentro dessa história... Alguns dizem que nós temos Viviane e Morgana aqui... E no final do segundo livro essa afirmação se torna muito forte por conta de um ritual que as irmãs fazem para unir seus carmas até que elas paguem por seus crimes...
Como eu sei que muitas pessoas não gostam de spoilers (eu adoro), vou parar por aqui, tentei mesmo gente não dar spoilers...
Então é isso galera, espero que tenham gostado, àqueles que leram esses livros comentem, digam o que acharam deles! Quero muito tietar essa história! 

PS: alguém pode me explicar porque esses livros tem capas tão feias e antigas? Por que não há novas edições? Obrigada.

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